segunda-feira, 31 de dezembro de 2007



31/12/2007 e 01/01/2008
N° 15465 - Paulo Sant'ana


O rottweiler churrasqueiro

2007 foi o pior e o melhor ano da minha vida. Pior porque foi o ano em que mais problemas de saúde atentaram contra meu corpo e meu espírito.

Melhor porque ainda encontrei resistências - incrível - para uma ronda incessante por inúmeros médicos que tiveram comigo cuidados verdadeiramente samaritanos.

Foram tantos médicos, que seria fastidioso citá-los. Mas cada um deles sabe que terá a minha eterna gratidão, principalmente aqueles a quem mais freqüento com minhas aflições.

Valeu a pena, eu sei que a batalha ainda não foi ganha, até mesmo porque, como eu sempre digo, a velhice é a pior doença.

Mas foi uma luta brava, um feroz combate, que aos fracos abate e aos fortes e bravos só pode exaltar, o que travamos, eu e os médicos, e as enfermeiras, contra os males insidiosos que por vezes tentaram driblar a medicina em meu corpo.

Vencemos. Ainda é uma vitória parcial. Mas poderá vir a ser em 2008 uma vitória na Copa do Mundo da minha saúde.

Obrigado a todos os que me ampararam e amparam a tanta gente em seus consultórios, enfermarias e hospitais. Deus lhes pague.

E feliz Ano-Novo a todos os médicos e profissionais de saúde aqui no Sul, extensivos aos seus pacientes.

Eu acredito nessa rapaziada, que vai em frente e segura o rojão.

O leitor Fábio Verardi (fabio.verardi@terra.com.br) manda me dizer que sofreu assédio de um cão rottweiler na sua cabana da Praia do Rosa (SC).

E que se salvou graças a um conselho que dei no Jornal do Almoço a todos os que estivessem para ser atacados por pitbulls ou rottweilers.

Quero dizer que o leitor se enganou, nunca dei conselho para ninguém sobre como proceder ante ataque iminente dessas feras.

O que fiz foi desqualificar alguns adestradores de cães que aconselham conduta para prováveis vítimas dessas feras assassinas, ridicularizando-os, como por exemplo quando pregaram que, quando o cão vai atacar, quem será atacado não deve olhar para os olhos da fera e tem de assobiar uma canção do Roberto Carlos.

Ora, tenham dó. Ora, respeitem a inteligência.

Pois bem, o leitor fazia um churrasco ao lado de sua cabana, a carne já estava sendo assada, quando pulou a cerca baixa de arame do seu terreno um imenso rottweiler.

O animal foi se aproximando do leitor, que ficou paralisado de terror. Evidentemente que o leitor só olhava para o rottweiler, ao contrário do que aconselham os adestradores.

Então, para surpresa geral, a besta feroz cheirou os pés do leitor, afastou-se um pouco, pelo que o leitor pôde fugir em desabalada carreira para dentro de sua cabana.

Da janela, viu o cão dar um salto na churrasqueira e abocanhar um espeto inteiro de carne, que levou correndo para o lugar da cerca por onde tinha entrado.

Foi embora a fera, comer o seu churrasco em paz.

Esse episódio repisa um fato consagrado. Essas pobres feras estão sempre com fome. Não há comida que as sacie. Por mais que seus donos gastem em comida para esses monstros, nada os satisfaz e, com fome, eles se tornam mais perigosos.

Vamos acabar com essas raças. A última vítima, a menina de sete anos de Dois Irmãos, está pedindo de algum lugar do céu que nós ponhamos fim a essas raças em nosso meio.

Vamos esterilizá-los, por lei. Chega de vítimas com doloroso fim.

E, meus fiéis leitores, desejo-lhes um feliz Ano-Novo. Eu na companhia de vocês por todo o ano de 2008. E principalmente vocês na minha companhia.

Belo Ano-Novo!

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