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sábado, 22 de dezembro de 2007
Um novo lar para (quase) todos
No seu melhor momento em 25 anos, o crédito imobiliário farto faz com que as pessoas realizem o sonho da casa própria e possam comprar a casa dos sonhos
Por CLAUDIA JORDÃO E DANIELA MENDES
SEGURANÇA Após três anos consecutivos de crescimento na renda, as pessoas se sentiram confiantes para adquirir imóveis
Adquirir a casa própria sempre foi um dos maiores sonhos dos brasileiros, mas o dinheiro curto e a incerteza da economia eram empecilhos quase intransponíveis para a realização desse objetivo. Não mais.
O setor imobiliário vive um boom impulsionado pela estabilidade econômica, expansão na renda, queda nos juros, mais recursos disponíveis para financiamentos e maior garantia para os bancos que dão empréstimos.
Os números ainda não estão fechados, mas 2007 deverá registrar em torno de 200 mil imóveis financiados com recursos da caderneta de poupança, quase o dobro de 2006. Para 2008, o mercado prevê R$ 24 bilhões investidos no crédito imobiliário e o financiamento de mais 250 mil unidades.
"Este é o melhor momento em 25 anos", diz Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Os números impressionam. Há dois anos, o setor praticamente dobra de tamanho e a perspectiva é que o ritmo se mantenha acelerado.
A participação do crédito imobiliário na economia brasileira deverá quintuplicar. Hoje, está em torno de 2% do PIB. A LCA Consultoria prevê que em dez anos estará em 10% do PIB, mesmo patamar de países como Chile, México e África do Sul.
O que explica esta pujança? "A demanda", diz Bráulio Borges, economista da LCA. Com a queda dos juros e os prazos mais longos, as parcelas cabem mais facilmente no bolso do mutuário.
E há um fator decisivo: a segurança. "Após ver a renda crescer três anos consecutivos, as famílias começaram a ter confiança para fazer empréstimos deste porte", diz Borges.
"A partir de 2006, elas passaram a enxergar os ganhos acumulados nos últimos três anos como permanentes e não temporários. Por isso, sentiram-se confortáveis para adquirir um imóvel." Depois do celular, da geladeira e do carro, o brasileiro está conseguindo comprar a casa própria.
O publicitário Ricardo Laronga, 30 anos, aproveitou os ventos favoráveis para adquirir seu primeiro imóvel. Comprou um apartamento de dois quartos, na Mooca, zona leste de São Paulo, avaliado em R$ 89 mil em dezembro de 2006 e espera recebê- lo em julho.
Pagou apenas R$ 150 de entrada e o resto financiou pela Caixa Econômica Federal em 100 vezes. Hoje a prestação é de R$ 463. Ricardo nem planeja morar no apartamento, pensa em alugá-lo, mas não deixou a oportunidade passar.
"É uma segurança ter um imóvel em meu nome. Vejo pelos meus pais. Eles não teriam condições de pagar um aluguel hoje", conta.
Lazer Mario Brocchini gosta do espaço gourmet e Mercedes Canaldas diverte-se com o neto na pista de skate
O mercado está aquecido. Somente em novembro, os bancos destinaram R$ 2,39 bilhões ao crédito imobiliário, R$ 600 milhões a mais que em todo o ano de 2002. Em São Paulo, o número de lançamentos em 2007 cresceu em torno de 60%, segundo o Sindicato da Construção Civil. Para 2008, a expansão deve ser de até 20%.
Os bancos também ampliaram as modalidades de empréstimo. O Santander, em 2005, inovou ao instituir a parcela fixa, algo inimaginável nos tempos de hiperinflação. "Hoje, de cada dez financiamentos, quatro são com parcela fixa", diz Mauro Costa, responsável pela área de crédito imobiliário do banco.
O prazo de financiamento também foi alongado para até 30 anos. Em 2002, dificilmente passava de dez ou 12 anos. Com este cenário positivo, muita gente está realizando não só o sonho da casa própria, mas comprando a casa própria dos sonhos.
Foi o que aconteceu com Mercedes Canalda, 55 anos. Corretora de imóveis, ela suspirava todas as vezes que levava um cliente para conhecer o condomínio Vila Natura, no Jardim Marajoara, em São Paulo. Certo dia, o marido, também do ramo imobiliário, foi junto e eles resolveram fazer uma proposta de compra em um apartamento de 130 metros quadrados avaliado em R$ 500 mil.
Deram a casa onde viviam como entrada e financiaram o resto diretamente com a construtora em 120 meses.
O Vila Natura é um condomínio- clube - forte tendência do momento - que reúne salão de jogos para todas as idades, sala de massagem, fitness, várias piscinas, half pipe para skate e patins, praça com pomar, entre outros confortos.
"A minha família inteira aproveita os benefícios do condomínio", diz Mercedes, que há seis meses está no novo endereço e já vendeu dez apartamentos no local.
CONFORTO As pessoas buscam lazer e serviços nos condomínios.
Em sentido anti-horário: Spa L'Occitane, do The Penthouses Tamboré (SP), terraço do prédio da Movimento Um (SP). Espaço Alegria, para crianças, no condomínio Ventanas, da Rossi (RJ)
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