29 DE JULHO DE 2021
ENSINO SUPERIOR
Conselhos da UFSM definem lista tríplice para cargo de reitor
Terminou ontem com atraso a votação dos conselheiros da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para a escolha do novo reitor. Luciano Schuch, um dos candidatos que representa a atual gestão de Paulo Burmann, foi o mais votado, com 42 votos. Ele é o vice de Burmann. Em segundo lugar, ficou Martha Bohrer Adaime, atual chefe de gabinete da UFSM. Ela recebeu 32 votos. Em terceiro, a professora Cristina Nogueira, com 29 votos.
Em último lugar, ficou o candidato considerado o mais distante da atual reitoria, professor Rogério Ferrer Koff. Com 17 votos, ele fica de fora da lista tríplice. Houve ainda um voto nulo.
A votação para definição da lista tríplice atrasou por conta de problemas técnicos de uma das conselheiras. A votação foi feita de forma virtual, durante reunião online entre os conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), universitário (Consu) e de conselheiros curadores.
Os mesmos eleitos para reitor também se candidataram para vice. Para esse cargo, a lista tríplice ficou nessa ordem: Martha (49 votos), Schuch (33 votos) e Cristina (23 votos). O professor Genesio Mario da Rosa recebeu 13 votos e fica fora. A votação para vice teve um voto em branco e dois nulos.
Ainda no período de eleições, Koff entrou na Justiça, na sexta- feira da semana passada, para tentar impugnar a campanha dos demais candidatos sob justificativa de que Schuch, Martha e Cristina candidataram-se para ambos os cargos. A judicialização poderia resultar em processo de intervenção na UFSM. O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz Rafael Tadeu Rocha da Silva, da 3ª Vara Federal de Santa Maria, alegando que a UFSM tem autonomia e não cabe intervenção da Justiça.
De ontem para hoje, fica aberto o período de recurso. Depois disso, ainda hoje, será divulgado o resultado final da lista tríplice para o cargo de reitor, que então será encaminhado para o governo federal. A partir daí, o presidente Jair Bolsonaro deve fazer a nomeação do novo gestor, o que deve acontecer até 28 de dezembro, já que o mandato de Burmann acaba no dia 27 daquele mês.
Como tradição, Bolsonaro terá que escolher entre os três nomes indicados na lista. Decisão do ano passado do Supremo Tribunal Federal (STF) impede que o presidente escolha algum nome fora da lista tríplice. A lista para reitor é a única que vai para o governo federal. Quando Bolsonaro decidir quem ocupará o novo cargo, o eleito deverá escolher o vice. A tendência é de que o novo reitor preze pelo nome mais votado.
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