01 DE DEZEMBRO DE 2020
ARTIGOS
NOVAS GESTÕES MUNICIPAIS
Os novos prefeitos eleitos irão lidar com a pandemia e as ineficiências do setor público num cenário de grande demanda por serviços e baixa arrecadação.
Eles não poderão seguir o tradicional "mais do mesmo" e suas maquiagens políticas. Precisarão agir com soluções e ações radicais. As reformas necessárias para atender à sociedade deverão ser imediatas, pois o que não for feito no primeiro ano de governo ficará afetado pela eleição de 2022 e sua potencial radicalização.
Os governantes precisarão vencer o corporativismo interno e agir para reduzir custos, melhorar serviços e propiciar uma ambiência empreendedora geradora de empregos. Neste contexto, entram em cena a digitalização e a desburocratização, que trarão vantagens nos processos de gestão, agilização com melhor gerenciamento de recursos e prazos, cumprimento de contratos e compromissos e, ainda, tornarão as gestões municipais mais transparentes e submetidas a um controle social mais efetivo e participativo. A tecnologia para suportar estas mudanças está disponível. Então, o que falta para implantá-la? Vontade política e competência dos gestores públicos para dar este indispensável passo evolutivo. Há que se considerar, também, os desdobramentos municipais da Lei da Liberdade Econômica, área em que os municípios estão adormecidos.
Sobre a Grande Porto Alegre, esperamos uma evolução efetiva do planejamento metropolitano previsto na legislação para atender aos conceitos mundiais de sustentabilidade urbana de cidades inteligentes (Smart Cities).
O recado aos novos prefeitos é: justificativas não resolvem nada. É necessário agir de forma imediata e eficaz. À sociedade cabe participar na construção de soluções apoiando sua implantação; lutar contra o reacionarismo corporativista; e exercer controle social sobre as ações públicas. Vacinar contra o coronavírus é fundamental, mas não pode ser a única preocupação dos novos gestores municipais. Precisam estimular ações empreendedoras no turismo, na universalização do saneamento básico, no transporte público, na telemedicina, nas infraestruturas, entre outras, para garantir empregos.
Precisamos exigir que as administrações municipais não sejam um fim em si mesmas, afinal, elas existem para atender à população e suas demandas. À sociedade cabe o papel efetivo de cidadania política participativa para subordinar o setor público aos seus interesses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário