terça-feira, 22 de dezembro de 2020



22 DE DEZEMBRO DE 2020
+ ECONOMIA

Para onde vão os milhões de construtora

Em setembro, a Melnick abriu capital na bolsa de valores e arrecadou R$ 713,8 milhões com a venda de cerca de 35% do total de seus papéis. Agora, o CEO da empresa, Juliano Melnick, e o CEO da Even, Leandro Melnick, detalharam os planos da empresa.

Um dos eixos, afirma Juliano, é a mudança no modelo de negócios. A Melnick adquire muitas áreas por meio de permuta, ou seja, troca o terreno por parte da área construída. Assim, em vez de ficar com 80 de cem unidades, terá 100%.

- Passaremos a comprar mais terrenos com dinheiro, vamos ser mais agressivos - avisa.

O tamanho da expansão pode ser avaliado nas projeções feitas por Leandro. Em 2019, a Melnick ficou com cerca de 42% dos lançamentos imobiliários da Grande Porto Alegre, conforme dados da Brain, consultoria especializada no segmento.

- Em 2023, o mercado da Grande Porto Alegre deve voltar a operar no mesmo volume de antes de 2014, com cerca de R$ 4,5 bilhões ao ano. Nesses últimos seis ou sete anos, a crise derrubou essa cifra para cerca de R$ 2,5 bilhões - afirma Leandro.

O empresário estima que a participação fique em torno de 25%. A coluna fez as contas: isso significa que a empresa prevê lançamentos ao redor de R$ 1,13 bilhão ao ano a partir de 2023. Boa parte virá de duas áreas hoje com menor atuação: a de urbanização e a de projetos de Minha Casa Minha Vida. A Melnick comanda as obras do Pontal (foto), que fica pronto em meados de 2022.

MARTA SFREDO

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