19 DE DEZEMBRO DE 2020
MONJA COEN
UM NATAL SEM
Natal sem presentes. Natal sem presença. Natal sem vacinas. Para quem é cristão e costuma fazer festa de Natal com parentes e ou amigos, preparem-se: tudo virtual.
Uma infectologista sugeriu o seguinte: quer fazer festa de Natal? Ok. Quinze dias antes, fique em isolamento total em casa. Nem mesmo receba alimentos, pacotes de fora. Nos dias que antecedem o Natal, faça um teste eficaz de covid.
Se estiver tudo bem, vá à festança. Lembre-se de manter a máscara bem ajustada, nada de beijos, abraços. Distância mínima de dois metros. Na hora de comer, quando tiram as máscaras, comam em silêncio absoluto, longe um dos outros, ninguém fica de frente para ninguém. Melhor comer de frente para uma parede. Acabaram de comer e de beber, recoloquem as máscaras e podem falar baixo, sem cantos e gritos, com as máscaras bem colocadas.
Terminada a festa, retornem às suas casas. Todos devem tomar banho - inclusive os que receberam convidados -, lavar as roupas na máquina com muito sabão, ficar mais 15 dias em isolamento e tornar a fazer o teste da covid. O mesmo para o Ano-Novo.
Será que vão conseguir?
Tenho uma sugestão para a passagem do ano. A partir das 23h, estarei em meditação. Se quiserem participar, procurem nos meus sites.
Cerca de 15 minutos antes da meia-noite, iremos ler um texto do século 13 sobre os 108 obstáculos ao despertar, que, na verdade, são 108 portais à mente Buda. Exatamente à meia-noite, nos cumprimentaremos virtualmente com as mãos unidas e desejaremos uns aos outros um bom ano.
É o que podemos fazer neste momento.
Vacinas? Ainda faltam decidir, aprovar, organizar as aplicações.
Será que em 2021 serão capazes de vacinar a população toda do planeta? Talvez em 2022 continuemos. Sempre de máscaras, com distanciamento social, isolamento, lavando muito bem as mãos, trocando de roupas e apreciando uma nova maneira de nos relacionarmos.
Sinto muito pelos adolescentes que querem cantar e dançar, beber e se abraçar, ficar. Teremos de organizar bailes funks com máscaras e álcool gel. Beijinhos, só na nuca... Sugestão do governo da Argentina há alguns meses. Pois, que assim seja.
Ao invés de impedir, xingar, brigar, dizer que são burros, vamos nos lembrar da nossa adolescência e criar causas e condições para que não se contaminem e não contaminem as pessoas com quem residem. Deixe perto da porta um saco de lixo, setas apontando para o chuveiro, um sabonete gostoso, toalhas limpas, roupa limpa. Assim como alguns pais dão preservativos para os filhos antes de saírem para as baladas, agora também urge dar máscaras, álcool gel, roupas fáceis de lavar quando voltarem e a sugestão argentina: "beijos na nuca". Aliás, no Japão a nuca é considerada área de grande sensualidade e beleza. Um beijinho na nuca causa mais arrepios que em outras partes do corpo.
Vamos cuidar de nossos jovens para que sejam livres com responsabilidade. Gritos, brigas, insultos, policiais batendo e matando não resolvem o problema.
Está na hora de cuidar, de respeitar, de amar.
Se Natal é celebração do nascimento de Jesus e se Jesus ensinou a querer bem e respeitar, vamos reconhecê-lo em cada criatura e tratar a todos como ao grande mestre do amor.
Feliz Natal - que vem vindo.
Preparem-se.
Mãos em prece
Nenhum comentário:
Postar um comentário