sábado, 19 de dezembro de 2020



19 DE DEZEMBRO DE 2020
+ ECONOMIA

Menos individualismo e corporativismo

Simone Leite se prepara para deixar a presidência da Federasul no final do ano, quando entrega o cargo a Anderson Trautman Cardoso.

- Tenho ouvido que foi mais fácil suportar 2020 graças à parceria da Federasul. Ajudamos a fortalecer empresários que esmoreciam, ao mostrar que as dores deles eram as dores de vários. Foi uma espécie de terapia - diz.

Simone detalha que recebeu a entidade com déficit de R$ 4 milhões e está entregando com superávit de R$ 1,2 milhão. Para 2021, seus maiores compromissos serão com marido, filho, pai e mãe.

Isolamento

"Tenho trabalhado muito em casa, também na empresa e, nas quartas-feiras, na Federasul. Aumentei as horas trabalhadas, fico conectada em casa das 7h às 22h. Reuniões virtuais são mais produtivas e, apesar das dificuldades, foi um ano muito intenso. A empresa ficou fechada por 10 dias no final de março e, no início de abril, retomamos as atividades seguindo todos os protocolos sanitários."

Leitura e lazer

"Com a família em casa, passamos a ver mais séries e filmes juntos. Estou terminando de assistir The Crown. Passamos mais tempo na fazenda, o que dá liberdade, especialmente para atividades ao ar livre, sem máscara. Meu filho Zenon e meu marido aprimoraram a culinária. A leitura atual é Catarina, a Grande: Retrato de uma Mulher, mas também muitos artigos, jornais."

Combate ao coronavírus

"Reafirmo a crença de que a política muda nossa vida, para o bem e para o mal. Decisões políticas equivocadas interferem na vida das pessoas. Milhares de gaúchos ficaram sem renda, muitas empresas fecharam as portas. Superação foi a palavra de ordem de 2020, considerando a proibição ao trabalho e às liberdades individuais. O mais importante é ter equilíbrio entre saúde e economia, diálogo e bom senso de toda a sociedade, incluindo poder público. O novo ano traz a esperança da vacina e oportunidade para a estabilidade econômica, a ampliação do emprego e da renda."

Aprendizado

"Os principais foram capacidade de adaptação, resiliência, a importância do diálogo e da empatia. Também que a tecnologia nos aproxima e permite a todos o acesso ao conhecimento. Muitos eventos promovidos pela Federasul, antes restritos a poucos, agora estão disponíveis para todos."

Reflexões

"Tempos difíceis exigem o melhor de cada um. Podemos errar, acertar, mas não podemos nos omitir como líderes e empreendedores. Precisamos ter humildade para reconhecer equívocos e coragem para enfrentar desafios. Pensar coletivamente favorece as relações pessoais e profissionais. A cultura do individualismo e do corporativismo gaúcho está mais evidente neste ano, na minha opinião. Esse é o motivo do atraso do Estado e nosso grande desafio."

MARTA SFREDO

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