sexta-feira, 11 de março de 2016


Jaime Cimenti

Um homem, sua esposa e um jacaré
DIVULGAÇÃO/JC
  
Albert, um jacaré na família (Harper Collins Brasil, 384 páginas, tradução de Carolina Caires Coelho), do engenheiro aposentado, paleontólogo amador, ex-mineiro de carvão e veterano do Vietnã Homer Hickam, norte-americano que atualmente mora no Alabama e nas Ilhas Virgens, é, antes e acima de tudo, uma história quase verdadeira de um homem, sua esposa e um bicho muito mimado, no caso, um jacaré. O jacaré se chama Albert e Elsie, a esposa, o ama. Homer, o esposo, ama Elsie e o clássico triângulo amoroso, como se vê, não é lá muito clássico.

Homer Hickam, escritor desde o Ensino Fundamental, também conhecido como Homer H. Hickam Jr., é autor best-seller de vários livros premiados, incluindo o número 1 do jornal The New York Times, Rocket Boy, a memoir. O romance foi adaptado para o cinema com o título O céu de outubro.

Albert, um jacaré na família narra a história de Elsie Lavender e Homer Hickam, futuros pais do autor do romance, que foram colegas de escola na pequena cidade de Virginia Ocidental. Homer pediu Elsie em casamento, em pleno período da Grande Depressão. Ela não aceitou. Mudou-se para Orlando. Lá, se apaixonou pelo ator e dançarino Buddy Ebsen. Quando Buddy mudou-se para Nova Iorque, os sonhos de Elsie se dissolveram. Ela voltou para a Virginia e aceitou o pedido de Homer, o ex-namorado.

Insatisfeita como esposa de um mineiro, Elsie tinha como lembrança de Orlando (Flórida) um presente de casamento meio estranho: um jacaré chamado Albert, que vivia no banheiro de sua casa. Um dia, Homer não aguentou mais: Ou o jacaré, ou eu! Elsie decidiu levar o bicho de volta para a Flórida.

A viagem, cheia de aventura e perigo com o jacaré e mais um galo como companheiro, é contada de forma leve e calorosa. Homer conhece o homem que se tornou ator famoso em Hollywood e enfrenta um furacão enorme, de verdade, e também um na alma. Ao fim e ao cabo, a história é uma bela homenagem à estranha e maravilhosa emoção que chamamos de amor.

O narrador, até sua mãe contar sobre Albert, não sabia nada sobre a bizarra viagem dos pais, sobre como tinha sido o casamento deles e o que havia acontecido, para torná-los do modo como eram.
O narrador descobre muito sobre as vidas dos pais, deles e de todos nós, especialmente quanto não estamos entendendo o porquê.

Nas páginas finais do volume desta história engraçada e comovente, que é um verdadeiro épico de família, estão 15 fotografias em preto e branco, mostrando Elsie, Homer, o irmão de Elsie e Aubrey, o tio Rico, que a hospedou na Flórida.

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