sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011


Jaime Cimenti

A História não acaba

O conhecido historiador e professor norte-americano Francis Fukuyama, a partir de teses do século XIX, iniciadas por Hegel, escreveu o livro mundialmente famoso O fim da história, entendendo que a derrocada do socialismo e a emergência da democracia social, no final do século XX, teriam colocado fim a um grande ciclo histórico da humanidade. H.G. Wells, professor, romancista, escritor e jornalista britânico, mestre e precursor da ficção científica, escreveu obras como A ilha do doutor Moreau, O homem invisível e A guerra dos mundos, que foi adaptado para o rádio pelo cineasta Orson Welles, aterrorizando a audiência, que pensou tratar-se de um verdadeiro ataque de marcianos.

Wells igualmente, notabilizou-se como autor de livros de história, como História universal e Uma breve história do mundo, este último há poucos dias publicado pela L&PM, em edição de bolso, na coleção L&PM Pocket. H.G. Wells entendia que era impossível colocar um ponto final na História e que tudo realizado até agora é apenas o prelúdio das coisas que o homem precisa fazer.

Wells escreveu mais de cem livros, entre ensaios, romances e contos, simpatizava com o socialismo, com a ciência e com o progresso e foi considerado por Bertrand Russel como “um importante libertador do pensamento e da ação”.

Uma breve história do mundo é um imenso panorama sobre o planeta e a humanidade, desde o surgimento dos seres vivos, passando pela origem dos povos, das religiões, as grandes navegações, as guerras, a Revolução Industrial até chegar à Primeira Guerra Mundial, no início do século XX. Com a mesma curiosidade e com o mesmo talento que utilizou na ficção científica Wells, na obra, aliou o vasto conhecimento com a fluidez da prosa jornalística e apresentou suas ideias sobre política, humanidade e progresso, ressaltando que é impossível colocar um ponto final na história e que estamos no começo de muito a realizar.

Acompanhada de 21 mapas, a obra deve ser lida de forma contínua, como se fosse um romance e, no dizer do autor, supre as necessidades do atarefado leitor comum, que muitas vezes não tem tempo para a leitura de obras mais longas e complexas. Prefácio do autor e tradução primorosa de Rodrigo Breunig. L&PM Pocket, 384 páginas, www.lpm.com.br.

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