sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011



25 de fevereiro de 2011 | N° 16622
PAULO SANT’ANA


Medíocres e brilhantes

Existem muitos medíocres triunfantes. Assim como existem muitos brilhantes fracassados.

A vida nesse ponto é justa: não basta ser brilhante para ter êxito, assim como nada assegurará que o medíocre não terá sucesso.

Se fosse o contrário, bastaria ser brilhante para atirar-se nas cordas, o sucesso viria ao natural.

Ou, então, um medíocre estaria condenado desde o nascimento ao fracasso.

Existem até, por incrível que pareça, algumas atividades em que basta ser medíocre para alcançar sucesso.

E outras em que, sendo brilhante, não há nenhuma chance de triunfar nelas.

Sem falar na luta que obrigatoriamente se estabelece, em qualquer organização, entre os medíocres e os brilhantes.

A característica dos medíocres é que, sendo medíocres, sozinhos não enfrentam os brilhantes.

Por isso é que os medíocres são muito unidos. Unidos eles se tornam fortes e podem derrotar os brilhantes.

Já os brilhantes, por serem raros, enfrentam solitariamente os medíocres.

O perigo que se corre em qualquer organização reside em que os medíocres venham a vencer os brilhantes. E os espantem ou os anulem.

Não existe nada mais desolador do que uma empresa ou qualquer conglomerado vir a ser dominado pelos medíocres.

Porque muitas vezes os medíocres vestem a capa de brilhantes, embora ali adiante possam ser desmascarados.

É necessário que as lideranças de qualquer agrupamento humano se acautelem contra os medíocres e contra os falsos brilhantes.

O segredo é que, em qualquer grupo, sejam colocados nos lugares devidos os medíocres. E também os brilhantes.

Botar um medíocre num lugar que deveria ser dado a um brilhante é um desastre.

E botar um brilhante num lugar em que o medíocre desempenharia é um desperdício.

Mas tem uma coisa muito importante: um líder medíocre não oportuniza liderados brilhantes.

E um líder brilhante só faz multiplicar os brilhantes entre seus liderados.

Mudando de assunto. Foi um jogo de futebol tão violento, que até o juiz e os bandeirinhas usaram caneleiras protetoras.

O chato pode ser surdo, pena é que, se o for, será mais chato ainda.

O que o chato não pode ser é mudo: quem é mudo não é chato (toda pessoa que só escuta acaba se tornando agradável, principalmente aos falantes que dominam as rodas de conversa).

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