sexta-feira, 17 de abril de 2009


INÁCIO ARAUJO - CRÍTICO DA FOLHA

"Jogos do Poder" revela prazer da atuação

Por um lado, "Jogos do Poder" (TC Premium, 22h, não indicado para menores de 16 anos) é uma história quase arrancada do nada: a de um congressista insignificante (Tom Hanks), habitualmente dedicado a satisfazer pequenas necessidades de sua comunidade e a se divertir com garotas de programa de Washington.

O acaso e o senso de oportunidade, porém, o levam a se tornar um personagem-chave do envolvimento dos EUA no Afeganistão, isto é: da guerra que se tornaria o chamado "Vietnã da URSS" e ajudaria, em larga medida, a pôr fim ao já corroído império comunista.

Ainda assim, temos o caso de uma história em que o mais apaixonante é a maneira como o cinema chega nela. Há algumas cenas no interior do Congresso com uma grande vivacidade;

há toda uma maquinação do deputado para chegar a seus fins. Há, sobretudo, o prazer que os atores têm em trabalhar com Mike Nichols e saber que estão fazendo um trabalho que só lhes fará bem.

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