segunda-feira, 20 de abril de 2009



20 de abril de 2009
N° 15945 AULO SANT’ANA


O segundo tempo

Grande apresentação do Caxias no segundo tempo do jogo de ontem no Beira-Rio.

Os rapazes do Caxias foram muito melhores que o Internacional no segundo tempo, tiveram o domínio de todas as ações.

Com o Beira-Rio quase inteiramente lotado pela torcida colorada, os caxienses conseguiram chegar ao 1 a 0 no segundo tempo, com gol memorável de Cristian, só cedendo o empate de 1 a 1 nos últimos instantes com o gol colorado de Álvaro.

Mas sobrou da tarde de ontem a valentia do Caxias, enfrentando a tudo e a todos e conseguindo nos últimos 45 minutos um empate heroico e histórico de 1 a 1.

Nunca ninguém havia imaginado que o Caxias pudesse resistir ao Internacional no Beira-Rio no segundo tempo, arrancando um empate consagrador de 1 a 1.

Isto demonstra a força do futebol dos clubes do Interior.

Até o momento em que eu encerrava este parágrafo, ainda não haviam chegado notícias de como tinha sido o primeiro tempo.

Mas, agora, no refúgio onde me encontro, comunicam-me que o primeiro tempo de ontem no Beira-Rio terminou em 7 a 0 para o Internacional.

Resta então cumprir a desportividade de parabenizar o Internacional, seus dirigentes, seus técnicos, sua torcida pelo bicampeonato invicto do Rio Grande do Sul.

A façanha de ser campeão gaúcho por três clubes diferentes, o Caxias, o Grêmio e o Inter, alcançada ontem pelo treinador Tite, jamais será superada. É uma glória invejável.

Nós, gremistas, vemos com certo desconforto esses dois últimos Gauchões, em que o Grêmio não participou da finalíssima.

Agravado com duas derrotas nos dois últimos Gre-Nais no Beira-Rio, além daquela outra em Erechim.

É verdade que as últimas efusões coloradas de alegria tiveram como palco o Beira-Rio, onde o Internacional conta com um ambiente propício a vitórias.

Mesmo assim, há que se reconhecer no time colorado virtudes que podem levá-lo a conquistar a Copa do Brasil e voltar assim à Libertadores do ano que vem.

Esse cartaz colorado dos primeiros meses de 2009 terá de ser confirmado nos jogos de fora do Beira-Rio.

A derrota colorada para o Rondonópolis lá em Mato Grosso e a vitória rala do time de Tite contra o Guarani, no Brinco de Ouro, colaboram para que haja uma desconfiança de que o Internacional, fora do Beira-Rio, não tem esse poderio todo que se alardeia.

Depois do desfecho do Gauchão, resta a nós, gremistas, a esperança de que o Grêmio, incrivelmente sem treinador, possa afirmar-se na Libertadores da América, a que chegou por méritos indiscutíveis, tanto que o Grêmio chegou na frente do Inter no último Brasileirão, com 18 pontos distante do seu rival.

Como a disputa da Libertadores é no sistema de mata-mata, lá e cá, tem chance o Grêmio, embora não vasta, de fazer bom papel neste emocionante certame.

E a chance do Grêmio se localiza em seu goleiro, Victor, um arqueiro notável.

Um bom time começa por seu goleiro, se alicerça no seu goleiro.

Tanto, que alguns anos atrás, no tempo de Saja e outros, o Grêmio empilhava derrotas sem perceber que os seus jogos decisivos eram marcados por falhas dos goleiros, que na maioria das vezes inviabilizavam vitórias gremistas que só não eram alcançadas porque lá debaixo dos paus não havia qualidade.

Com Victor no gol, cresce a esperança da nação gremista.

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