sexta-feira, 24 de abril de 2009



e palavras...Tolerância, verdade e amor na visão do Dalai-Lama

Infelizmente não é novidade alguma constatar que vivemos num mundo repleto de violência, intolerância e falta de amor, onde o dinheiro, a cobiça, o consumo e o poder imperam mais do que nunca.

Não é novidade também a escassez brutal de líderes, verdades e referências bons e duradouros. Mas quando entramos em contato com livros como Breves encontros com o Dalai-Lama - 108 reflexões para alcançar a serenidade (194 páginas, R$ 24,50, WMF Martins Fontes, telefone 11-3241-3677), renovamos nossas esperanças em pessoas e mundo melhores.

Tenzin Gyatso, Sua Santidade, o décimo quarto Dalai-Lama, líder espiritual e temporal do povo tibetano, luta, incansavelmente, acima de aspectos políticos e religiosos, pela paz mundial e por um planeta com mais amor, verdade, tolerância e direitos humanos. Muito merecidamente já recebeu os prêmios Wallenberg, Albert Schweitzer e o Nobel da Paz por seus esforços pelo bem da humanidade.

O Dalai-Lama é, sem dúvida, atualmente, um dos maiores símbolos de paz e de esperança para os povos do mundo. Sem bens, palácios, exércitos, bancos, empresas de comunicação e outros aparatos do tipo, Dalai-Lama luta com a sabedoria acumulada pelas gerações que o antecederam e viaja pela Terra pregando o amor, a felicidade, as boas emoções, o convívio fraterno e o bem para todos.

Em Breves encontros com o Dalai-Lama, a jornalista francesa Catherine Barry, apresentadora do conhecido programa de televisão Voix bouddhistes (Vozes Budistas), da emissora France 2, a partir de entrevistas feitas com o Dalai, apresenta 108 meditações que simbolizam as 108 contas do mala, o rosário, com o qual se pode praticar e recitar os mantras, as preces que nos ajudam a apaziguar o espírito e o coração.

Em suas falas sintéticas, límpidas, iluminadas, o Dalai-Lama fala de amor, dor, emoções boas e más, ética, amor maternal, carma, felicidade, espiritualidade, corpo, doação, desejo, apego, paciência, compaixão, cinco sentidos e muitos outros temas, motivando-nos para o autoconhecimento, o bom convívio e o alcance da serenidade. Há quem possa dizer que são ensinamentos antigos, conhecidos e que as pessoas e o mundo não têm jeito.

Mas o melhor é conferir que ainda existem seres iluminados como o Dalai-Lama e que existem milhões de pessoas que recebem de coração aberto as reflexões do bem e para o bem que ele, generosamene, oferece para todos, sem radicalismos, totalitarismos, dogmatismos e outros ismos que poderiam muito bem ser jogados na lata de lixo da História.
Jaime Cimenti

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