Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
CLÓVIS ROSSI
O pequeno é uma jóia
LIUBLIANA- Para quem cansou do gigantismo inóspito de São Paulo, Liubliana e a Eslovênia são uma ode ao "small is beautiful". E bota bonito nisso. No país todo, são apenas 2 milhões de habitantes.
Na capital, Liubliana, meros 258 mil. Mas, atenção, 10% são estudantes universitários (incríveis 95 mil no país todo) -o que quebra o provincianismo inevitável em pequenas comunidades.
Tem até Carnaval, chamado Shrovetide. Começou ontem, com um desfile pelas ruas da cidade. É claro que não chega a ser uma atração internacional como o do Rio nem tem a sensualidade e as carnes à mostra (afinal, é inverno por aqui, ainda que ameno até agora).
Mas, para quem prefere, digamos, grifes carnavalescas mais conhecidas, basta pegar o carro, andar meros 158 quilômetros e se está em Veneza, que, com Paris, inventou o Carnaval moderno -e passou a exportá-lo, até para o Rio.
A vantagem adicional de viver em um país pequeno é que se pode acordar, tomar café e aí decidir entre seguir o rumo nordeste, até Viena (a 245 km); o rumo leste e chegar a Zagreb, na Croácia; a direção nordeste para alcançar Budapeste (240 km), além da já mencionada Veneza (aliás, é nela que passo a semana, de folga). Exceto na Croácia, a moeda é a mesma, o euro.
O idioma é um problema? É. Desjejum, por exemplo, é zajtrkovati. Mas são raras as pessoas que não falam inglês. Ah, por falar em café (da manhã, da tarde ou da noite), é inacreditável a quantidade de cafés (como em Viena) e de gente neles aboletada.
O jornalista Mitja Mersol, que mora no centro, até brinca: "Fico olhando a quantidade de jovens que, a todas as horas, estão nos cafés, e me pergunto: quando é que eles estudam?".
Em São Paulo, perco mais tempo no trânsito, inutilmente, do que a moçada daqui nos cafés.
crossi@uol.com.br
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