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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
11 de fevereiro de 2008
N° 15507 - Nico Fagundes
Ivo Ladislau, o gaúcho açoriano
O Ivo Ladislau é um homem inquieto, inquietude que brilha os seus olhos azuis.
Profundamente identificado com a cultura de Açores e sua influência no Rio Grande do Sul, a pessoa que mais entende desse assunto entre nós não tem nas veias nenhuma gota de sangue açoriano nem uma gota de sangue gaúcho.
Mas os Açores e o Rio Grande do Sul vivem inteiros no seu coração e no seu privilegiado cérebro, porque é nisso que pensa dia e noite e é para o engrandecimento dessa cultura que trabalha incansavelmente.
Ivo Ladislau Janicsek nasceu em Porto Alegre, filho de pai húngaro e de mãe alemã. Seu pai lutou na II Guerra e veio para Porto Alegre como técnico, para construir a Usina do Gasômetro. A mãe do Ivo Ladislau foi criada pela família Bertha, e o casal teve seis filhos.
O Ivo foi criado no Menino Deus, estudou no Rosário e lá pelas tantas interrompeu o curso superior de Administração - o que vai terminar qualquer hora dessas. Trabalhou desde a adolescência ajudando o pai e forungando aqui e ali.
Num verão qualquer, apaixonou-se pela Praia do Barco e para incrementar ainda mais esse amor lá conheceu a moça Maria da Conceição, a linda filha dos donos do hotel.
Quer dizer: a Praia do Barco e pelo litoral gaúcho de uma maneira geral ganhou contornos definitivos com o casamento, casamento que foi abençoado com o nascimento de dois filhos, um guri e uma guria.
O Ivo Ladislau tem influencias artísticas pelos dois lados. Desde guri faz versos, começou vertendo para o português uma canção alemã que a mãe cantava.
No litoral, onde se fixou, meteu-se em administração imobiliária e está nessa área até hoje. Mas a sua grande atração era um aspecto pouco conhecido da nossa cultura: as influências africanas e açorianas na formação do gaúcho do litoral.
Conheceu Carlos Catuípe e nasceu uma parceria ideal entre o poeta e o compositor, que faziam as mesmas pesquisas buscando respostas para as mesmas indagações. A cantora Cléa Gomes fechou o triângulo de forma justa e perfeita. O trio nunca mais parou de fazer sucesso.
A busca de respostas fatalmente teria que levar o Ivo Ladislau ao arquipélago dos Açores. A primeira visita foi em 1996 e de lá para cá nem ele sabe mais quantas vezes visitou o arquipélago, realizando cursos ou levando grupos artísticos daqui para lá. Vai sem dizer que ele se transformou numa espécie de embaixador dos Açores entre nós.
O Ivo considera muito importante a experiência que adquiriu nos dois anos em que foi integrante do Conselho Estadual de Cultura, indicado pelo governador do Estado como representante dos festivais.
Agora, em agosto do ano passado, assumiu o cargo de diretor técnico do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, cargo que já foi ocupado por Glaucus Saraiva, Paixão Côrtes e por mim.
O diretor técnico é o responsável pela área cultural do IGTF. Este homem inquieto e ativo sabe sonhar e transformar o sonho realidade. Gosta de trabalhar e na área cultural se sente como um peixe dentro dágua.
Depois de devassar a intimidade dos Açores, só falta mesmo descobrir a África. Afinal, a cultura afro-açoriana e a sua presença no litoral gaúcho são a pedra de toque de toda sua obra.
Uma ótima segunda-feira e uma excelente semana.
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