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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
ELIANE CANTANHÊDE
Juntinhos para o inferno
BRASÍLIA - Arthur Virgílio, líder do PSDB, que criou a CPMF, berrava emocionalmente contra sua prorrogação. Paulo Paim, do PT, que foi contra a criação da CPMF, berrava enfurecidamente a favor.
Só faltava no plenário do Senado ontem um bate-boca entre Lula (que foi radical contra a criação da CPMF), argumentando a favor dela, e Fernando Henrique (que lançou e ampliou o imposto no seu governo), argumentando contra. Seria de morrer de rir. Ou de chorar.
Nessa confusa inversão de papéis, ninguém resistiu quando o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), com longos cabelos e linguajar peculiar, rogou uma praga contra os que iriam votar contra a CPMF, mesmo prejudicando seus Estados: "Vão juntinhos para o inferno". Do jeito que as coisas estão, não só eles, senador...
Os argumentos dos governistas pró-CPMF pareceram mais convincentes. O econômico: é fundamental para a União e chega a ser maior que a arrecadação de alguns Estados, como a Bahia.
O social: financia a saúde e a aposentadoria rural dos mais pobres. O político: votar contra é bater de frente com o "povão", responsável pela alta popularidade de Lula, confirmada ontem mesmo pelo CNT-Sensus.
Já o eixo do argumento da oposição foi que o país está crescendo em torno de 5%, a carga tributária é uma das maiores do mundo e o governo gasta perdulariamente. Em suma: já há muitos impostos, mas falta a reforma tributária e boa gestão por parte do governo.
O clima do plenário era angustiante. Às 17h30, o governo alardeava que tinha 48 votos certos e só faltava um. A contabilidade da oposição era outra: o DEM fechou questão, o PSDB chegou ao consenso e nenhum voto dissidente da base aliada havia voltado atrás.
O resultado foi um choque para o governo, mas não é o fim. Acabou a votação, e aí começa a negociação.
elianec@uol.com.br
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