01 DE MARÇO DE 2023
+ ECONOMIA
Retomada de vagas formais no Estado
A Fecomércio-RS antecipou à coluna a divulgação da 12ª edição de seu Mapa do Emprego. A ferramenta interativa toma por base os dados de 2021, portanto, os mais recentes disponibilizados pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais) - considerada o censo do mercado formal no país e apurada pelo IBGE.
Vale a ressalva. Esse intervalo demarca a forte aceleração da informalidade. E, ontem, para se ter uma ideia, essa categoria, em outro indicador do IBGE, o da Pnad, atingiu o recorde da série histórica medida desde 2012.
É que o número de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 14,9% - de 11,2 milhões, em 2021, para 12,9 milhões, em 2022. São vagas questionadas pelos próprios pesquisadores, em razão da falta de estabilidade e que não são captadas pela Rais, nem pelo Mapa da Fecomércio.
Mas, de volta a 2021, com foco apenas nas carteiras assinadas, o ano permite, entre outras análises, fazer comparativos precisos e setoriais sobre a trajetória de recuperação dos empregos formais no Estado, tendo o início da pandemia como referência. Algumas delas: há dois anos, os 2,96 milhões de vínculos no RS superavam em 2,3% o patamar de 2019.
Indústria de transformação (22,2%), comércio (20,8%) e administração pública (15,2%) puxavam as maiores participação no momento.
Economista da Fecomércio-RS, Giovanna Menegotto lembra que, em igual recorte, enquanto uns segmentos ultrapassavam a crise - informação e comunicação (+16,75%), saúde e serviços sociais (+8%) - outros enfrentavam dificuldades.
É o caso dos serviços, que seguiam no campo negativo: alojamento e alimentação (-16,66%) e educação (-9,77%). A ferramenta também aponta para as cidades que não haviam retomado o patamar de 2019, dentre as quais, Porto Alegre (-3,31%), que, sozinha, respondia por 22,2% dos empregos formais, mesmo que com pouco mais de 13% da população do Estado.
Outro aspecto que chama a atenção: na Capital, a administração pública (167,3 mil vínculos) equivalia a 25,5% dos 656,9 mil em estoque e liderava o ranking entre as principais atividades, em 2021, seguida de comércio (15,3%) e das funções administrativas (13,1%), o que ajuda a elevar a concentração da renda.
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