quinta-feira, 16 de março de 2023


Moinhos no South Summit

Será do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, o serviço oficial de saúde do South Summit Brazil 2023. A instituição vai disponibilizar toda a estrutura médico-hospitalar do encontro global, com cinco ambulâncias e leitos de retaguarda, além de uma cabine de telemedicina para o atendimento de quem estiver no local. O evento ocorre entre os dias 29 e 31 de março, no Cais Mauá, às margens do Guaíba, e a expectativa é de reunir cerca de 20 mil pessoas.

Nova marca

De olho no futuro, um dos principais centros urbanos da Região Metropolitana está lançando uma nova marca: "Canoas, Cidade das Oportunidades". O selo (veja a imagem) foi desenvolvido por publicitários da Secretaria Especial de Comunicação do município para atrair empreendedores e investimentos. Além da localização estratégica, a cidade tem o terceiro maior PIB do RS e a segunda maior arrecadação de ICMS.

Bom exemplo

Prestes a completar 102 anos, Eloína Gonçalves Born, a Dona Eloína, como ficou conhecida ao integrar a primeira leva de imunizados contra a covid no RS, recebeu nova visita do governador Eduardo Leite nesta semana. Ela já tomou a dose bivalente da vacina e segue firme e forte. Leite agradeceu pelo bom exemplo. Mesmo com o coronavírus sob controle, não dá para descuidar da saúde.

Para o futuro

Quem visitar a mostra poderá deixar uma mensagem no espaço Cápsula do Tempo. A intenção é provocar a reflexão do público sobre o futuro de Porto Alegre. Ao final da exposição, as contribuições serão encaminhadas à prefeitura.

O que é ser "velho" no Brasil de hoje? Porto Alegre no túnel do tempo

Para encerrar as comemorações dos 250 anos de Porto Alegre e abrir os festejos do próximo aniversário, no dia 26, vem aí a exposição Túnel do Tempo. É um convite para mergulhar na história da cidade, a partir de imagens de encher os olhos - entre elas, os arquivos do Museu Joaquim Felizardo (veja alguns exemplos nas fotos ao lado, que mostram figuras e cenas inusitadas da Capital em diferentes épocas).

Com entrada franca e curadoria do cineasta Rene Goya Filho e do fotógrafo Raul Krebs, a mostra promete uma imersão multissensorial, tecnológica e poética. Serão apenas seis dias de exibição, de 20 a 26 de março, das 9h às 18h, no subsolo do Paço Municipal, no Centro Histórico.

O projeto tem o financiamento do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e do Ministério da Cultura, com parceria da TVE e da prefeitura da Capital e patrocínio de Ventos do Sul, Marcher Brasil e Santander.

Essa foi a pergunta que me veio à cabeça ao assistir ao vídeo infeliz - para dizer o mínimo - das estudantes de São Paulo que debocharam de uma colega por estar na faixa dos 40 anos e, pasme, cursar a universidade. "Era para já estar aposentada", disse uma delas. Como assim?

Na hora, lembrei de um alerta feito pela minha amiga Rosane de Oliveira, quando os "idosos de 60 anos ou mais" começaram a ser vacinados contra a covid no Brasil. À época, Rosane escreveu no grupo de WhatsApp da equipe de GZH que achava um absurdo o uso do termo "idoso". Antônio Carlos Macedo, voz respeitada na Rádio Gaúcha, concordou. E eles estavam certos.

Embora a referência aos 60 faça parte da legislação brasileira, não é difícil perceber que, hoje, pessoas com essa idade seguem ativas, trabalhando, estudando, namorando, casando e vivendo. Que dirá aos 40!

Há algumas décadas, o conceito de envelhecimento era outro. Vivia-se menos e encarava-se o passar dos anos de um jeito diferente. Lembro que minhas avós, aos 60, já se pareciam com a Dona Benta, a doce vovó do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato.

De lá para cá, o mundo mudou. No Brasil, apesar dos pesares, houve melhorias na qualidade e na expectativa de vida. É óbvio que a passagem do tempo impõe perdas e que, mesmo com os avanços da medicina, não há como escapar da velhice - isso se você tiver a sorte de chegar até lá, é claro.

O fato é que o corpo muda, e a capacidade física já não é a mesma à medida que se faz 40, 60, 80 anos. Mas o envelhecimento também está na cabeça. Conheço muita gente "idosa" em melhores condições do que muitos meninos e meninas que vivem com a cabeça enterrada na tela do celular. Aos 70, meu pai faz, em média, cem quilômetros de bicicleta por semana. É mole?

O etarismo é, sim, um problema, em especial para as mulheres, que são cobradas todos os dias pela aparência, como se devessem contas à sociedade. E os homens também sofrem discriminação pela idade. Quantos já não foram chamados de "velhos caducos" pelas costas ou sofreram com implicância no trânsito, mesmo sendo bons motoristas? É hora de rever hábitos e preconceitos.

JULIANA BUBLITZ

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