06
de agosto de 2014 | N° 17882
ARTIGO
ZH
EDUCAÇÃO SEM
PODER?
A
notícia é alarmante e muito preocupante!
O
Conselho Estadual de Educação (CEED) analisa um parecer que tem por finalidade
impedir, proibir, as direções das escolas de aplicar punições aos alunos que
infringirem as regras disciplinares.
Ora,
sem maior esforço, é fácil constatar que estamos diante de uma regra absurda,
que, totalmente alheia ao princípio educacional, pretende tratar o transgressor
com parcimônia, ao invés de dar-lhe uma punição exemplar.
Também,
sem maior esforço, se pode concluir que tal medida será um incentivo
indiscriminado à transgressão!
Após
as escolas assumirem o papel dignificante de se tornarem o braço de auxílio à
educação (inclusive comportamental) dos alunos, ensinando-lhes – muitas vezes –
uma disciplina que não recebem adequadamente nas suas casas, surge um parecer
destinado a, literalmente, cortar as asas da educação das escolas.
Quando,
para satisfazer as estatísticas, as escolas já aprovam indiscriminadamente seus
alunos, independente da qualificação necessária para galgarem o degrau superior
na hierarquia de conhecimento, agora passarão – se aprovado tal disparate –
também a formar novos transgressores com a impunidade pretendida.
Esta
impunidade que faz crescer os desvios de conduta ética e moral de uma sociedade
passará a ter uma especialização na própria escola.
O
Brasil não precisa de mais “pós-graduados” em transgressão. Já os temos de
sobra, em todos os níveis: desde os delinquentes que superlotam os presídios
nacionais, até aqueles que mancham a ética com a corrupção desvairada que se
espraiou pelos quatro cantos do país. Em todos os níveis e setores! Sejam
públicos ou privados.
A
ideia do parecer é que esses estudantes transgressores sejam “corrigidos”
através de carinho e diálogo, inclusive com os familiares do infrator.
Se
medidas utópicas como essa alcançassem realmente um resultado efetivo, bastaria
um bom e pontual diálogo para resolver o gravíssimo (e praticamente insolúvel)
problema do uso de drogas e suas consequências funestas.
Com
a palavra, os estudiosos do comportamento humano.
Advogado
- MARCELO AIQUEL
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