terça-feira, 11 de janeiro de 2011



11 de janeiro de 2011 | N° 16577
PAULO SANT’ANA


Teoria psicanalítica

O Assis Moreira concedeu uma entrevista para o David Coimbra. Está sendo publicada hoje em Zero Hora.

Na entrevista, o repórter perguntou a Assis se ele não tem receio de andar por Porto Alegre, agora que a revolta entre os gremistas é muito grande.

Assis respondeu que a “estrutura de segurança pessoal dele e de Ronaldinho é muito boa e que ninguém irá atacá-los, podendo perder a vida por isso”.

Quero dizer ao Assis, pelo que tenho sentido no ambiente entre os gremistas, que é melhor que ele dobre a sua estrutura de segurança.

A preocupação do David Coimbra é procedente, porque é minha também: que algum maluco ataque Assis ou Ronaldinho em Porto Alegre.

E, apesar de o Assis elogiar a estrutura da segurança pessoal da família Moreira, eu me permitiria dar um conselho a Assis: evite qualquer incidente grave ou não grave deixando de passear em Porto Alegre.

Se puder, Assis, não venha mais a Porto Alegre.

Assim se terá a certeza de que não acontecerá nada desagradável.

Quem avisa, inimigo é.

No Sala de Redação de ontem, dei a sugestão: que o Ronaldinho viesse jogar, agora ou no ano que vem, no Internacional. Disse que, se isso acontecesse, não iria, novamente, me surpreender.

Por sinal, não me surpreendi com a recusa de Assis em trazer seu irmão novamente para o Grêmio: escrevi dias antes do desfecho que estava tudo sendo preparado para Assis enganar pela segunda vez o Grêmio.

Mas, voltando ao início: Assis pode estar preparando um clima ideal para levar Ronaldinho para o Beira-Rio.

É bom lembrar que, anos atrás, o que foi noticiado fartamente pela imprensa, Assis levou seu filho para treinar na escolinha do Internacional.

Então, pode agora levar seu irmão para jogar no Inter.

O Beira-Rio seria talhado para os Moreira.

Explico melhor aquela teoria psicanalítica que ensaiei ontem sobre o ódio que o Assis nutre pelo Grêmio.

Seu pai foi empregado do Grêmio. Era zelador de carros no Olímpico.

Sempre há um antagonismo velado entre patrão e empregado.

É possível que o pai de Assis amasse o Grêmio, mas odiasse os dirigentes gremistas daquela época, que por sinal deviam pagar muito pouco a um zelador de carros.

De alguma forma, o pretenso ódio do pai pelos dirigentes do Grêmio pode ter sido desatado agora, hereditariamente, sobre o Grêmio.

Por sinal, o dirigente que assinou o documento que deu a Assis uma casa com piscina na Vila Nova, para renovar seu então contrato com o Grêmio, foi o mesmo Paulo Odone que agora foi ludibriado pelas promessas de Assis. É incrível, mas Paulo Odone se elegeu agora para dirigir novamente o Grêmio, depois de ter dado uma casa com piscina para o Assis há 25 anos.

Nota minha: antes de dar a casa com piscina para o Assis, Odone mandou mostrar a Assis, nas conversações de renovação do contrato de então, 10 casas sem piscina.

Assis, então jovenzinho, bateu pé e disse que só queria uma casa com piscina, no que foi atendido.

O pai de Assis morreria logo em seguida, afogado incrivelmente na piscina da casa.

A história é digna de um livro de Agatha Christie.

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