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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
24 de janeiro de 2011 | N° 16590
PAULO SANT’ANA
Erro seletivo
A médica Beatriz Bohrer do Amaral, em artigo de ontem em ZH, botou um camundongo no forro do governador Tarso Genro: denunciou que a constituição do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, com 80 integrantes, tem somente seis mulheres.
Seis mulheres contra 74 homens.
E eu perguntaria: quantos negros há no Conselhão? Talvez um só, talvez dois.
Bem, depois que se descobriu que no Conselho do S.C. Internacional, que tem mais de 300 conselheiros, só existiam dois negros, no clube do Saci é um absurdo!
É muito delicada esta questão de escolher um Conselho entre a comunidade, tem de ter muito cuidado na seleção dos seus membros.
Entre as minorias sociais, por exemplo, quantos homossexuais há neste Conselho?
Não me digam que nenhum, nessa categoria existem muitos enrustidos, fica difícil a pontuação.
Mas um Conselho tem de ser representativo, ainda mais este que pretende açambarcar os terrenos econômico e social da coletividade.
Num tempo em que há a ascensão das mulheres na sociedade e se prega o antirracismo, não é aconselhável discriminar o público feminino e os negros no Conselhão.
Foi uma mancada.
Mas ainda há tempo de corrigi-la. Basta aumentar em 20 o número de conselheiros e fazer ingressar no órgão negros e mulheres a mancheias.
Eu não acredito no que me mandou dizer por escrito o Dr. Ricardo Meyer, Cremers 16572: que uma sentença judicial ordenou que fossem demitidos 295 funcionários da Fundação de Gastroenterologia que exercem suas funções no Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas.
Eles são 30% do quadro funcional do HMIPV, essas demissões implicarão o fechamento do setor de neonatologia, com 20 leitos.
Cem por cento da enfermagem noturna pertence também aos quadros da Fugast, o mesmo acontecendo com o setor de cirurgia pediátrica.
Pode uma sentença judicial mandar demitir centenas de funcionários de um hospital que presta relevantes serviços ao SUS? Será que houve tal insensibilidade por parte da Justiça? Eu repito que não acredito.
Ou será que por questões corporativas a sentença tratou somente de afastar esses 295 funcionários e fazê-los retornar à Fugast? Não foi o que meu informante, nomeado acima, me informou. Disse que estão sendo demitidos.
Entre os que serão demitidos, há funcionários que servem ao Hospital Presidente Vargas há 15 anos.
Há funcionários com idade avançada que não têm mais condições de concorrer a novos empregos no mercado de trabalho.
É uma judiaria com gente que suou a camiseta para manter bem acesa a chama do Presidente Vargas.
Alguma alta autoridade vai ter de dar outra solução para esse problema.
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