quarta-feira, 19 de janeiro de 2011



19 de janeiro de 2011 | N° 16585
ESCOLHA ARRISCADA


Executivo orienta para ter cuidados

Na rotina de trabalho de Rodrigo Monteiro, 28 anos, terno e gravata são fundamentais. Executivo-chefe da D’Mark, empresa que presta assessoria de propriedade intelectual para outras companhias, o executivo passa boa parte do dia envolvido em reuniões, recebendo e visitando clientes.

A seriedade exigida por uma atividade como essa torna incompatível o uso de tatuagens, um adereço corporal que remete a um estilo de vida mais descompromissado, certo? Para Monteiro, nada pode estar mais equivocado:

– O que importa é a capacidade do profissional, a seriedade e a tranquilidade que demonstra naquilo que faz.

O jovem executivo, líder de uma equipe de 40 funcionários distribuídos em dois escritórios, fala com propriedade. Afinal, além de brincos, tem no corpo quatro tatuagens: duas no braço direito, uma na panturrilha esquerda e outra, chamada de “manga” no jargão dos tatuadores, que vai do peito até a metade do braço esquerdo.

Esse último desenho, que levou seis meses para ser concluído, chega a ser visível quando Monteiro usa uma camisa com manga mais curta, o que raramente acontece devido aos ambientes formais que o executivo frequenta. Mesmo assim, quando fez sua primeira tatuagem, aos 17 anos, já tomou a precaução de colocá-la mais perto do ombro, para não ficar tão aparente.

– Nunca enfrentei nenhum preconceito, mas é preciso uma certa sensibilidade. Também tenho vários funcionários tatuados, mas os oriento a ter cuidado, principalmente no primeiro contato com clientes mais conservadores. Antes de se expor, é preciso conquistar a confiança – recomenda.

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