terça-feira, 18 de janeiro de 2011



18 de janeiro de 2011 | N° 16584
PAULO SANT’ANA


Presidente gaúcha

O noticiário de ZH deu conta de que a presidente Dilma Rousseff veio a Porto Alegre na última sexta-feira e voltou para Brasília no domingo, depois de visitar em nossa capital a sua filha, o seu neto e o ex-marido.

Há já muitas vezes que a presidente Dilma vem a Porto Alegre, desde que foi eleita, para visitar seu ex-marido, o ex-deputado Carlos Araújo.

Ela sempre veio visitá-lo, só chama a atenção agora porque os passos da presidente são acompanhados em detalhes pela imprensa.

Que belo exemplo de humanidade e sociabilidade da presidente Dilma, enquanto a maioria dos ex-maridos e ex-mulheres não querem nem se enxergar depois da separação, ela desveste-se da faixa presidencial e vem a Porto Alegre visitar seu ex-marido.

Soa mais ainda célebre a coluna que fiz certa vez e arranca até hoje lembranças e aplausos em toda parte que vou: “Se você não confia em sua mulher, não se separe dela. Atual mulher é cargo de carreira, ex-mulher é cargo de confiança”.

Conheço casos na minha volta em que o rancor e o ressentimento presidem as relações dos ex-casais.

Há episódios em que os filhos dos ex-casais são proibidos de conviver com os outros filhos surgidos depois da separação nos novos casamentos.

Com a presidente Dilma, isto não se dá: ela erigiu como parte de sua família seu ex-marido, até mesmo para fins de segurança pessoal que se deve à suprema mandatária.

A casa do ex-marido de Dilma em Porto Alegre é um dos alvos da segurança que se presta à presidente.

Notável!

Quando eu era vereador, o que fui por 16 anos, uma vez jantei com Dilma Rousseff e Carlos Araújo em sua casa, que era a mesma de agora, na Vila Assunção.

Jamais eu poderia imaginar, há 30 anos, que estava jantando com uma futura presidente da República.

E o Carlos Araújo me recebendo em sua casa com aquele seu jeitão de camarada cordial. E Dilma secundando-o na recepção. Ela ocupava naquele tempo um cargo político infinitamente menor em importância do que aquele que ela ocupa agora.

Guardo essa nostálgica lembrança como uma honra.

Nem Getúlio Vargas, nem Emílio Médici, nem Costa e Silva, nem João Goulart revelaram tanto apego, eles, que eram gaúchos, ao nosso Estado como o revela Dilma, que é mineira.

Ela está aqui sempre que pode. E nós, gaúchos, ficamos orgulhosos de sua presença periódica por aqui.

Ouvi nas ruas várias piadas sobre a não vinda de Ronaldinho Gaúcho para o Grêmio. Duas delas:

1) A diferença entre Assis e Judas é que Judas traiu só uma vez.

2) A confeitaria do Olímpico informa: não tem mais sonho nem negrinho.

Nenhum comentário: