Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
10 de janeiro de 2011 | N° 16576
KLEDIR RAMIL
Adivinhe quem vem para jantar?
Se você está pensando em me convidar para jantar, não se preocupe, sou um cara de hábitos simples. Anote aí.
Prefiro o serviço à francesa. Talheres de prata, com garçons uniformizados. Se o Maitre for adepto da nouvelle cuisine, favor pedir porção dobrada. Música em volume moderado, com um quarteto de cordas executando o repertório de Edith Piaf e Charles Aznavour. A sobremesa pode variar entre sorvete do Bertillon e éclair da Vielle France. Não aceito imitações. Água Perrier à temperatura ambiente. Luz de velas.
Se a comida for oriental, deve ser servida por gueixas (de preferência do sexo feminino e não aqueles japas pintados que fazem teatro Kabuki). De entrada um caldinho de missô (missôshiro), sem hondachi, seguindo com nirá, tofu e muito gengibre com shoyu. Como prato principal, yakisoba de legumes, com o detalhe de que o macarrão deve estar levemente tostado. Ao final, banana caramelada, doce de feijão azuki e banchá.
Comida italiana deve ser acompanhada de vinho sem álcool, pois sou abstêmio. O serviço deve respeitar as tradições da culinária italiana. A mesa precisa estar decorada com toalha xadrez, com as cores da bandeira da Itália. Pão italiano autêntico. Muito queijo ralado. Spaguetti, torteloni, talharini, caneloni, agnelotti, ravióli, berlusconi e pavarotti. Tudo em grande quantidade. Um vidro de sal de frutas. Música ambiente ao vivo com voz, violão e acordeom. Televisão ligada no jogo da Inter de Milano em alto volume.
Se a opção for comida árabe, é preciso um certo clima de 1001 noites. Cenário marroquino, incenso, panos e almofadas. Uma Jade cheia de atributos, remexendo as cadeiras na dança do ventre. Música de Khaled. De entrada, pode ser servido falafel.
A seguir, pão árabe com pastinhas: coalhada seca, berinjela e tahine com grão de bico. Depois, mjadra com cebolinha frita, tabule e quibe de soja. De sobremesa, docinhos de gergelim. No final, chá digestivo pra eu conseguir dormir sem pesadelos.
Alguns detalhes podem dar um toque especial na noite: uma cesta de cerejas frescas, figos secos da Turquia, alfajores argentinos Abuela Goye e Cerveja Lowenbraun, sem álcool.
Ah sim, esqueci de dizer que sou vegetariano radical, não fumante e não gosto de ar condicionado. Viu só? É simples.
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