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sábado, 8 de janeiro de 2011
08 de janeiro de 2011 | N° 16574
PAULO SANT’ANA
Pelé matou a questão
Aquela que seria a maior ajuda para Ronaldinho vir para o Grêmio veio ontem de Pelé.
Pelé declarou que não está de acordo com Ronaldinho, isto é, com Assis.
Disse Pelé que, se Ronaldinho gosta mesmo do Grêmio, como tem declarado, tinha de vir jogar de graça no Grêmio. E Pelé acrescentou que jogou um ano de graça pelo Santos porque amava verdadeiramente o Santos.
E Pelé disse mais: se Ronaldinho ama o Grêmio, como declara insistentemente, como é que Assis está fazendo leilão pelo seu passe?
Se ama, disse Pelé, tem de jogar de graça ou por qualquer preço. Dizer que ama o Grêmio e ir jogar pela melhor proposta dos clubes pretendentes, disse Pelé, é hipocrisia e falsidade.
Viu, Assis? Pois então toma jeito, rapaz. Falou Pelé e está falado.
Chega de trairagem!
Correu pelo Centro, à tardinha de ontem, o boato de que havia faltado bacalhau para o célebre bolinho do boteco Tuim, na Rua Andrade Neves.
Fui rápido para o local a fim de certificar-me da tragédia. Pedi ao garçom cinco bolinhos de bacalhau, como sempre faço. O garçom me disse desolado que havia faltado, mesmo, bacalhau para o bolinho.
Gritei estridente para que fosse até lá a Defesa Civil.
Ainda bem que não tinha faltado chope, o mais bem tirado da cidade, no boteco Tuim.
Se tivesse faltado chope, era caso para o prefeito Fortunati decretar estado de calamidade pública.
Não pode faltar bolinho de bacalhau no Tuim. Há certas coisas e certas pessoas que não podem faltar.
Faltar bolinho de bacalhau no Tuim é como faltar entrecot no Panchos ou Lombinho à Paulo Sant’Ana no Barranco.
Faltar bolinho de bacalhau no Tuim é como faltar mil-folhas no Café Press da Hilário Ribeiro ou a polenta fina e trabalhada por horas a fio no Galeto do Marquês, ali defronte onde morava o saudoso Dr. Lia Pires.
Faltar bolinho de bacalhau no Tuim é como faltar o Nelson Sirotsky no Comitê Editorial da RBS ou na turma de tênis na Quadra do Alemão.
Há pessoas e coisas que não podem faltar. Não pode faltar, por exemplo desrespeito mútuo na alcova dos casais.
Uma cama em que o casal se respeite é uma cama fadada ao fracasso.
Não podem faltar cavaquinho no samba, cachaça em velório e briga em gafieira.
Não podem faltar molho de creme de baunilha em sagu, calda no papo de anjo nem gelatina no Rei Alberto.
Não podem faltar bainha em calça, correntinha de ouro no pescoço, cheque sem fundo em caixa de bar.
Não podem faltar colunista em jornal, locutor com voz boa em rádio e caras bonitas na televisão.
Não podem faltar rusgas entre casais, rompimento passageiro entre amigos nem inveja entre irmãos.
Como é, então, que faltou bacalhau para o bolinho do boteco Tuim?
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