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quinta-feira, 20 de novembro de 2008
DA SUCURSAL DO RIO
Em show, Zeca Pagodinho canta várias formas de amor
Há 15 anos dirigindo os shows de Zeca Pagodinho, Tulio Feliciano sabe que o amigo não é entusiasta de propostas muito conceituais.
Cabe a ele, diretor, imaginar divisões para o repertório.
Para o novo espetáculo, que estréia amanhã no Credicard Hall, ele usou como base o título do último CD, "Uma Prova de Amor".
"São três grandes blocos, em que Zeca canta o amor nas suas mais diversas vertentes", resume Feliciano.
O show começa com o que cantor e diretor vêem como provas de amor ao Brasil: "Deixa a Vida Me Levar" e duas novas, "Eta Povo pra Lutar" e "Se Eu Pedir pra Você Cantar".
Amor e ex-amores são os temas dos dois subgrupos que fecham o primeiro bloco, no qual entram a faixa-título do CD recente e sucessos como "Lama nas Ruas" e "Faixa Amarela".
No segundo segmento, dedicado a crianças, mitos e velhas guardas, estão a nova "Ogum", a sua versão para "Esta Melodia" -dos sambas mais cantados na quadra da Portela e que já foi gravado por Marisa Monte- e peças recorrentes em seus shows, como "Patota de Cosme".
Na reverência à malandragem que abre o bloco final, Zeca canta "Maneiras", "Normas da Casa", "Ratatuia" e ainda recupera "Talarico, Ladrão de Mulher", do disco de 1992 do cantor.
"Essa é do tempo em que Dondon jogava no Andaraí", brinca Feliciano, que rasga os conceitos deixando para o final "Quando a Gira Girar", "Coração em Desalinho" e "Verdade". "Aí é um bônus.
São músicas que o povo pede em qualquer show, que todos querem cantar. Afinal, são 5.000 pessoas que vão ao show cantar e dançar."
Zeca se diz feliz por incorporar quatro músicos de sopro à sua banda. Eles são parte da orquestra de metais que o acompanhou na turnê do último espetáculo, dedicado a sambas de gafieira.
"Agora, com mais verba, dá para contar com eles. Fica mais bacana. O samba merece esse tratamento", diz Zeca, também satisfeito de iniciar a turnê por São Paulo. "O público é sempre ótimo."
ZECA PAGODINHO
Quando: amanhã e sábado, às 22h
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, tel. 6846-6000)
Quanto: entre R$ 70 e R$ 150
Classificação: não indicado a menores de 18 anos
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