11 DE MARÇO DE 2021
POLÍTICA +
Lula faz Bolsonaro e sua família mudarem o discurso
Em tom de palanque, a primeira manifestação do ex-presidente Lula depois da decisão do ministro Edson Fachin que o tornou apto a concorrer na eleição de 2022, produziu um efeito imediato sobre o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos.
Ao defender vacina, máscara e distanciamento social, Lula tirou o provável adversário da toca: à tarde, na sanção do projeto que facilita a compra de vacinas, Bolsonaro apareceu de máscara, convertido ao que o mundo adota desde o início de 2020 e que ele não só se recusava a usar, como criticava. Todos os demais participantes da cerimônia usavam a proteção no rosto.
Crítico das vacinas, Bolsonaro prometeu 400 milhões de doses até o final do ano e anunciou investimentos no desenvolvimento de um imunizante brasileiro.
O senador Flavio Bolsonaro, que nunca foi adepto dos protocolos da Organização Mundial da Saúde, converteu-se em defensor tardio da vacina. Em seu perfil no Twitter, postou, com oito hashtags "Vacina para gerar empregos! Nos próximos dois meses vacinaremos dezenas de milhões de brasileiros!". O post é ilustrado com uma foto do pai e a frase "Nossa arma é a vacina".
Com seu estilo mais belicoso, o vereador Carlos Bolsonaro postou: "Siga a ordem cronológica dos fatos para não cair em narrativas. Presidente @jairbolsonaro nunca foi contra vacina como dizem os canalhas!". Na publicação, um vídeo com trechos de manifestações do pai sobre a vacina. A edição, naturalmente, ignorou todas as vezes em que o pai fez manifestações contra as vacinas em geral e "a chinesa" em particular.
A um ano e sete meses da eleição, é prematuro dizer que o Brasil terá segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Os dois estão em campanha, mas há vida inteligente fora de suas bolhas.
Defensoria também terá auxílio
Além do Judiciário e do Ministério Público, a Defensoria Pública Estadual também instituiu um auxílio-saúde para defensores e servidores ativos e aposentados. Conforme o defensor-público-geral Antonio Flávio de Oliveira, isso ocorreu em razão do princípio constitucional da simetria, que garante à instituição o acesso aos mesmos benefícios das carreiras jurídicas.
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