19 DE MARÇO DE 2021
+ ECONOMIA
Venda de Apple, mas com couro gaúcho
Maior revendedora da Apple na América Latina, a gaúcha iPlace está apostando em produtos próprios, além da grife de tecnologia que revende.
Está lançando produtos feitos com matéria-prima com origem no Rio Grande do Sul. A linha, batizada de Pampas, faz parte da coleção Originais iPlace e traz mochilas e sleeves (capas) feitas com couro gaúcho. Segundo o executivo de negócio de marcas próprias da iPlace, Dilson Fernando Yabu, a equipe de desenvolvimento trabalhou durante um ano na elaboração, planejamento e criação da linha. Yabu detalha que foram desenvolvidos protótipos e realizados testes até chegar aos produtos finais.
A coleção Originais iPlace foi desenvolvida pela empresa em 2017. Cada coleção traz elementos de design inspirados em regiões do país.
Além da Linha Pampas, a coleção tem produtos da Linha Rio, Fortaleza, Floripa, Noronha, Beagá e Sampa.
A partir de hoje, os produtos estarão à venda no site da marca (a linha de cor marrom, em pré-venda) e nas lojas físicas. As capas custam a partir de R$ 299 e as mochilas, a partir de R$ 899.
A decisão que "catalisou" o anúncio
Um "catalisador" do anúncio de privatização, conforme um interlocutor do governador Eduardo Leite, foi a aprovação de vetos de Jair Bolsonaro ao Marco do Saneamento, na quarta-feira no Congresso. O projeto original contemplava a possibilidade de manter os atuais contratos dos municípios com as estatais sem licitação.
Um dos vetos aprovados elimina essa possibilidade, ou seja, quando vencer o contrato em vigência, os municípios serão obrigados a fazer licitação. São os chamados "contratos de programa", como explicou à coluna o ex-presidente da Corsan Flávio Presser. Segundo o executivo, todos os serviços de saneamento têm ativos intangíveis que, sem contratos, pouco valem:
- O anúncio não me surpreendeu, o governo estava preparando essa privatização há bastante tempo.
Mesmo assim, Presser não dá apoio incondicional à venda:
- É uma alternativa, haveria outras, como parcerias público-privadas. Não sou contra, mas não me parece que tenha sido analisada ante outras possibilidades.
é o valor médio anual dos gastos da Corsan com o passivo trabalhista, quer dizer, com ações contra a estatal apresentadas por funcionários ou ex-funcionários. Esse é um dos aspectos que aproxima a companhia da CEEE, além do modelo de previdência, já equacionado na estatal de energia.
MARTA SFREDO
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