23 DE MARÇO DE 2021
+ ECONOMIA
Cuidar para não "sofrer terrivelmente"
No domingo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfim reconheceu o tamanho do problema que o Brasil enfrenta no Exterior. Em teleconferência com um grupo de empresários, afirmou:
- Temos que mudar a linguagem ou vamos sofrer terrivelmente.
Esse apelo é feito há mais de um ano por profissionais que se relacionam com potenciais interessados estrangeiros no Brasil. Diplomatas que representam a União Europeia e a atual presidência do bloco no Brasil já avisaram que "perder a confiança é fácil, recuperar é mais complicado", referindo-se à posição do governo brasileiro na gestão ambiental. Um dos pontos cruciais do discurso equivocado foi a declaração do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, de que "ser pária é bom" para o Brasil.
Guedes fez o discurso ambiental ao responder a uma pergunta do ex-ministro Sergio Moro, convidado a participar do grupo formado por empresários como Abílio Diniz e o gaúcho Jorge Gerdau. Ao responder, o ministro da Economia admitiu que o tom da resposta do governo brasileiro às cobranças internacionais foi "ruim para nós":
- Entramos com uma perspectiva interna de soberania e lá fora foi considerada um absurdo. Entramos com um tom que foi ruim para nós, e isso se somou à própria divulgação de quem perdeu as eleições e não está sabendo se comportar.
Ou seja, o ministro assumiu parte da responsabilidade e transferiu outra.
foi o valor pago pelo Canada Pension Plan por 45% da Iguá Saneamento, uma das empresas interessadas no leilão da Cedae e potencial candidata para a privatização da Corsan. Esse mercado está movimentado, reforçando posições para as disputas.
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