26
de maio de 2015 | N° 18174
EDITORIAL
ZH
A SAÚDE NEGLIGENCIADA
Por
mais que representantes das três instâncias da federação se esforcem em
encontrar explicações, são inconcebíveis as desculpas para o fato de um elevado
número de Unidades de Pronto Atendimento terem se transformado em verdadeiros
elefantes brancos. Em todo o Estado, nada menos de 16 UPAs se encontram
prontas, mas fechadas. Outras 15, atualmente em obras, correm o risco de seguir
pelo mesmo caminho, por falta de acerto financeiro entre União, Estado e municípios.
Enquanto
isso, milhares de pacientes ficam sem atendimento em seus municípios,
contribuindo para superlotar ainda mais as emergências de hospitais das cidades
de maior porte.
Integrantes
do Sistema Único de Saúde (SUS), as UPAs têm como objetivo fazer a intermediação
entre as Unidades Básicas de Saúde e os hospitais, tentando aliviar um quadro
de sofrimento permanente para quem precisa de auxílio médico. Por isso, ainda
que a escassez de verbas oficiais seja uma realidade, não dá para entender como
políticos eleitos como gestores públicos não conseguem cumprir sua parte numa área
da qual depende em muito a qualidade de vida dos cidadãos.
A
sociedade gaúcha tem o direito de saber quem não está cumprindo a sua parte
nesse caso e o que pode ser feito. Líderes políticos do Estado, particularmente
os ligados aos municípios prejudicados, precisam reagir contra essa situação
inaceitável, buscando providências imediatas para acabar com o impasse.
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