AGE
EDITORA/DIVULGAÇÃO/JC
Sepé Tiaraju bilíngue, de Alcy
Cheuiche
Sepé
Tiaraju - Romance dos Sete Povos das Missões (AGE, 295 páginas, tradução de
Helmut Burger), do consagrado escritor Alcy Cheuiche, em edição de luxo,
bilíngue (português/alemão), tem capa dura e miolo inteiramente em cores. As
fotos são do celebrado fotógrafo Leonid Streliaev.
O
volume foi lançado nesta quinta-feira, no Teatro Bruno Kiefer, e já se coloca
como um dos maiores lançamentos literários deste ano - pela importância
temática, histórica, pela qualidade literária e pela excelência editorial.
Cheuiche dedica-se, principalmente, ao romance histórico e já retratou gigantes
como Santos Dumont, João Cândido, Bento Gonçalves, Getúlio Vargas e muitos
outros. O farol da solidão é seu romance mais recente e foi lançado há poucas
semanas. Cheuiche realizou, ainda, palestras em vários países.
Esta
edição de Sepé Tiaraju comemora os 190 anos da Imigração Alemã no Brasil, sendo
apresentada pelo Ministério da Cultura e tendo patrocínio do Banrisul por meio
do financiamento da Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet. Traduzido
anteriormente para o espanhol e para o alemão, o livro foi editado em
quadrinhos e em braile. A primeira edição do romance é de 1975.
Alcy
Cheuiche e Leonid Streliaev percorreram juntos as ruínas missioneiras
especialmente para esta obra. O fotógrafo iluminou com maestria as palavras do
romancista e, a partir, deste diálogo, os leitores poderão reviver a história
do lendário índio guarani Sepé Tiaraju, hoje reconhecido pela Unesco como
Panteão da Pátria Brasileira e líder da resistência indígena ao Tratado de
Madrid (1750) nos Sete Povos.
A
obra recupera um dos maiores exemplos de colonização justa, cooperativa e
cristã da história da humanidade e, acima de tudo, representa um compromisso
com os deserdados da terra. O filósofo Voltaire caracterizou a experiência
Guarani como um verdadeiro triunfo da humanidade. Os guaranis foram convertidos
para o Cristianismo e, povo pacífico e próspero, terminou condenado à
destruição e a morrer como povo livre, porque sua existência, inofensiva e
feliz, representava a condenação viva e irrefutável de todo o sistema colonial
da época.
Enfim,
o romance premiado em 1978, que já tivera nove edições no Brasil e edições no
Uruguai e na Alemanha, agora mereceu esta belíssima reimpressão comemorativa,
bilíngue, que é mais uma ótima oportunidade para os leitores tomarem contato
com uma das mais belas experiências de colonização que o mundo já viu. E que
jamais, jamais deve ser esquecida.
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