sexta-feira, 29 de maio de 2015

AGE EDITORA/DIVULGAÇÃO/JC

Sepé Tiaraju bilíngue, de Alcy Cheuiche

Sepé Tiaraju - Romance dos Sete Povos das Missões (AGE, 295 páginas, tradução de Helmut Burger), do consagrado escritor Alcy Cheuiche, em edição de luxo, bilíngue (português/alemão), tem capa dura e miolo inteiramente em cores. As fotos são do celebrado fotógrafo Leonid Streliaev.

O volume foi lançado nesta quinta-feira, no Teatro Bruno Kiefer, e já se coloca como um dos maiores lançamentos literários deste ano - pela importância temática, histórica, pela qualidade literária e pela excelência editorial. Cheuiche dedica-se, principalmente, ao romance histórico e já retratou gigantes como Santos Dumont, João Cândido, Bento Gonçalves, Getúlio Vargas e muitos outros. O farol da solidão é seu romance mais recente e foi lançado há poucas semanas. Cheuiche realizou, ainda, palestras em vários países.

Esta edição de Sepé Tiaraju comemora os 190 anos da Imigração Alemã no Brasil, sendo apresentada pelo Ministério da Cultura e tendo patrocínio do Banrisul por meio do financiamento da Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet. Traduzido anteriormente para o espanhol e para o alemão, o livro foi editado em quadrinhos e em braile. A primeira edição do romance é de 1975.

Alcy Cheuiche e Leonid Streliaev percorreram juntos as ruínas missioneiras especialmente para esta obra. O fotógrafo iluminou com maestria as palavras do romancista e, a partir, deste diálogo, os leitores poderão reviver a história do lendário índio guarani Sepé Tiaraju, hoje reconhecido pela Unesco como Panteão da Pátria Brasileira e líder da resistência indígena ao Tratado de Madrid (1750) nos Sete Povos.

A obra recupera um dos maiores exemplos de colonização justa, cooperativa e cristã da história da humanidade e, acima de tudo, representa um compromisso com os deserdados da terra. O filósofo Voltaire caracterizou a experiência Guarani como um verdadeiro triunfo da humanidade. Os guaranis foram convertidos para o Cristianismo e, povo pacífico e próspero, terminou condenado à destruição e a morrer como povo livre, porque sua existência, inofensiva e feliz, representava a condenação viva e irrefutável de todo o sistema colonial da época.


Enfim, o romance premiado em 1978, que já tivera nove edições no Brasil e edições no Uruguai e na Alemanha, agora mereceu esta belíssima reimpressão comemorativa, bilíngue, que é mais uma ótima oportunidade para os leitores tomarem contato com uma das mais belas experiências de colonização que o mundo já viu. E que jamais, jamais deve ser esquecida.

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