27
de outubro de 2014 | N° 17965
PAULO
SANT’ANA
O bólido Sartori
Comprovado
definitivamente: os gaúchos não admitem reeleição para o Piratini.
Perderam
tentativas de reeleições Antônio Britto, Olívio Dutra, Germano Rigotto, Yeda
Crusius e agora Tarso Genro.
É explicável:
um Estado que está quebrado, afundado em dívidas, não oferece condições a seus
governadores de reelegerem-se, nem sei por que insistem.
Nunca,
nenhum deles se reelegeu.
Afora
isso e por isso, a esmagadora vitória de Sartori foi espetacular porque ele
saiu de 3% no início das pesquisas para os 61,2% de ontem. Sartori se
arremessou nas pesquisas e nas urnas como uma pirâmide em demanda do infinito,
nunca se viu em eleição alguma uma ascensão tão entusiasmante.
Nada
derrubava sua candidatura, nem a brincadeira sobre o piso da Tumelero.
Já expliquei
de certa forma nas linhas acima a impressionante rejeição a Tarso Genro. Foi
menos uma rejeição do que essa compulsão que de repente toma conta das massas
que moveu Sartori.
Sartori
terá maioria na Assembleia, o que não quer dizer muito, porque PDT e PSB
deixaram de apoiar Tarso na Assembleia e nem por isso ele teve dificuldades
para governar.
Foi
o fenômeno eleitoral chamado Sartori que tirou Ana Amélia do segundo turno.
Mas
ela estava lá ao lado de Sartori, ontem, recebendo as galas constrangidas da
vitória.
Se não
deu para eleger-se, pelo menos à última hora embarcou na canoa da vitória. Não
havia outra saída.
Os
institutos de pesquisa previam ontem, antes da apuração, vitória de Dilma
Rousseff, embora com vantagem maior sobre Aécio do que a verificada. Gozado, no
plano federal admitem os brasileiros as reeleições. Foi assim com Fernando
Henrique, com Lula e é agora com Dilma.
Talvez
seja melhor para o Brasil que tenha sido reeleita Dilma, ela se ampara em
muitos projetos que pretende implantar. Se cumprir metade do que prometeu nesta
campanha recém finda, já é o bastante para o Brasil.
Metade.
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