segunda-feira, 20 de outubro de 2014


20 de outubro de 2014 | N° 17958
DAVID COIMBRA

Gre-Nal F.C.

Se Grêmio e Inter se juntassem e fundassem o Gre-Nal F.C., imagine que time, com o ataque do Inter e a defesa do Grêmio. Seria imbatível, o Bayern que se cuidasse. O problema seria o time ficar com a defesa do Inter e o ataque do Grêmio. Aí... melhor nem pensar.

Porque a defesa do Inter, cruzcredo, que defesa amiga do inimigo. Ontem, ela, a defesa, aprontou de novo. No primeiro tempo, o Corinthians atacou duas vezes, e fez dois gols. No segundo, atacou outras duas: numa a bola bateu no travessão, noutra o gol foi anulado (com correção, por sinal).

Na frente, os jogadores do Inter passaram a tarde procurando D’Alessandro, que esperava a bola, recebia, cortava para dentro do campo e levantava a bola em curva para dentro da área. Foi assim o tempo todo. Num dos lances, Fabrício, sozinho, cabeceou para fora. Em outro, o zagueiro do Corinthians falhou, e Nilmar marcou o gol de desconto. Além desses, foram outros 30 levantamentos, um a cada três minutos. Insistência não faltou.


Foi exatamente o que faltou para o Grêmio, sábado, em Goiás. O time do Grêmio é melhor do que o Goiás, mesmo desfalcado como estava. Podia ter vencido o jogo, mas não houve ousadia e, quando houve, o que não apareceu foi o talento. Sem o driblador Dudu e sem o único jogador do grupo que faz gol, Barcos, o Grêmio patrocinou uma partida soporífera. Se os dois times jogassem até o domingo que vem, o novo presidente da República seria anunciado antes que conseguissem acertar a bola no gol.

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