05
de fevereiro de 2015 | N° 18064
POLÍTICA
EFEITO DO ESCÂNDALO
Renúncia de Graça e diretores antecipa
mudança na Petrobras
CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO definirá amanhã quem ocupará a nova direção. Governo federal
busca um nome que tenha preferência do mercado e dê um choque de credibilidade à
empresa
Apresidente
da Petrobras, Graça Foster, e outros cinco diretores renunciaram aos cargos,
informou ontem a estatal, em nota ao mercado, citando que o conselho de
administração se reunirá amanhã para escolher o novo comando da empresa.
Na
terça-feira, Graça se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, quando acertaram
a mudança para depois da divulgação do balanço do ano passado da companhia. Mas
os diretores não teriam aceito aguardar até março. O comunicado da Petrobras
atendeu a pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que cobrou a estatal
sobre rumores da saída de Graça, que causaram fortes oscilações nas ações da
empresa. Ontem, a CVM considerou insuficiente o sucinto comunicado enviado pela
companhia informando a renúncia da diretoria e pediu mais explicações.
Estão
de saída da empresa os diretores José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Antonio
de Figueiredo (Engenharia), José Alcides Santoro (Gás e Energia), Almir
Barbassa (Finanças) e José Formigli (Exploração e Produção). José Eduardo Dutra
(Serviços), ligado ao PT, e João Adalberto Elek Junior (Governança), ficam.
No
lugar de Graça, que assumiu o cargo em 2012, os principais cotados são Murilo
Ferreira, atual presidente da Vale, e Henrique Meirelles, ex-presidente do
Banco Central no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (veja quadro). O Planalto
procura um nome de fora da companhia, de preferência do mercado, que dê um
choque de credibilidade à empresa, mas tem enfrentado dificuldades para
encontrar um executivo que se disponha a assumir a estatal. Dilma deflagrou, no
fim da semana passada, o processo de escolha de substitutos. A operação ficou a
cargo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Em
meio a troca de comando da empresa, empregados de fornecedores da estatal
protestaram contra a crise no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).
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