quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015


26 de fevereiro de 2015 | N° 18085
RODOVIAS CAMINHÕES PARADOS

DIESEL EMPERRA NEGOCIAÇÃO

GOVERNO FEDERAL ATENDE DOIS PEDIDOS de caminhoneiros para tentar encerrar movimento de protesto, mas não reduz valor do combustível, o que dificulta entendimento em reunião ontem

Após um dia intenso de negociações com caminhoneiros, o governo federal apresentou propostas (veja quadro) para encerrar os bloqueios de rodovias no país. A principal reivindicação dos motoristas autônomos – a redução do preço do diesel –, no entanto, não será atendida. A negativa praticamente emperrou entendimento que poderia resultar no fim das manifestações. Foi dada a garantia de que a Petrobras não aumentará o combustível nos próximos seis meses.

Valdemar Raupp, presidente da cooperativa dos caminhoneiros de Três Cachoeiras, disse que as propostas não atendem as demandas e os bloqueios serão mantidos no Estado. Participantes da reunião saíram do encontro com o entendimento de que até pode haver acordo com grandes sindicatos, mas sem o apoio de autônomos, que encabeçam o protesto.

À frente do Comando Nacional dos Transportes, o caminhoneiro Ivar Schmidt não foi autorizado a entrar na reunião. Um dos líderes do movimento, Schmidt, radicado no Rio Grande do Norte, considerou as medidas “sem peso” para encerrar os protestos:

– A paralisação continua – disse.

Sobre pedágios, o governo oferece que caminhões vazios e com o eixo suspenso fiquem isentos da cobrança. Apesar de não pretender intervir no valor dos fretes, o Planalto informou que tentará mediar a criação de uma tabela de valores.

Apresentadas pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, que conduziu o dia de reuniões em Brasília, as medidas só entram em vigor se houver o fim dos bloqueios:

– Interessa aos caminhoneiros e ao país a suspensão das manifestações para continuarmos o diálogo.


*Com agências de notícias

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