18
de abril de 2014 | N° 17767
EDITORIAIS
Tarifaço na
energia
Ogoverno
federal fez o possível para segurar, mas as leis de mercado são mais poderosas.
O represamento demagógico das tarifas de energia não irá até a eleição como
pretendiam os atuais detentores do poder. Mais de 3,8 milhões de gaúchos já
começam a receber suas contas de luz, a partir de amanhã, com um reajuste médio
de 29,54%, mais de quatro vezes superior à inflação prevista para este ano.
Em
breve, os demais consumidores, atendidos por outras empresas, também estarão
enfrentando o tarifaço, que vai se estender ao longo do próximo ano. E isso
significa que, uma vez mais, a conta da imprevidência, da falta de
investimentos e da equivocada política de mascarar a realidade acaba sendo
arcada por todos os brasileiros.
No
início deste ano, num discurso contundente que lembrava em tudo o de campanha à
reeleição, a presidente Dilma Rousseff confirmou uma redução de 18% nas contas
de energia elétrica, superior até mesmo à prevista inicialmente. No mesmo
discurso, rechaçou as previsões sobre um apagão que, de fato, não ocorreu, mas
impôs um ônus pesado para todos os consumidores. Na impossibilidade de contar
com as hidrelétricas, pela escassez de chuvas, o país precisou recorrer às termelétricas,
que produzem energia a um custo bem superior.
Infelizmente,
confirmou-se na prática o que o governo não queria admitir na época, mas as
razões não se restringem à insuficiência de chuva. Faltou também rigor no
planejamento e execução de projetos, o que impediu a entrada em operação de
dezenas de usinas e ainda hoje mantém algumas delas sem linhas de transmissão.
Por isso, não basta o consumidor reagir contra o tamanho das contas, que vão
impactar seu bolso e a taxa de inflação. É preciso acima de tudo que cobre mais
eficiência do poder público, para evitar a repetição de reajustes tão
desafinados com a estabilidade.
Isso
que é absurdo..Não era de energia que a Presidente entendia e agora transfere
esse ônus para a população...? Felizmente ainda antes das eleições o que dá
para refletir sobre a competência de algumas pessoas...
Tudo
bem fosse 5 ou 6%..Mas 28,86 % e previsão de mais aumentos dessa ordem em 2015
é dose para leão mesmo...
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