sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Jaimecimenti

Receita de Ano-Novo

Pretensão ficar dando receita para Ano-Novo. Cada um deve ter a sua, não é? Mas o cronista, depois das orgias natalinas, das comidas, das bebidas, das roupas brancas, dos fogos de artifício, da ressaca ou não e dos votos de feliz Ano-Novo, tem de fazer sua parte, seguir escrevendo, ao menos tentando colocar alguma ordem no caos através das palavras, mesmo que precárias.

O último dia do ano, como sempre, não foi o último dia do tempo e, igual a todo mundo, o cronista ficou olhando para as pessoas, as águas, o mar, os céus, os matos e tudo mais e refletiu que a vida continua, que o sol segue se levantando. Que tal fazer de conta que o Ano-Novo é uma tela em branco, de computador ou de tecido, ou mesmo de papel. Aí a gente escolhe a receita.

Primeira opção: planejar bem tudo o que colocar na tela, antes de começar o preenchimento. Faz uns esboços, uns desenhos, escolhe umas cores, pensa total antes no que vai fazer com a brancura da tela. Segunda receita: planeja uma parte, faz alguns estudos e aí parte para o espaço em branco da tela, dando chance para algum improviso, algum imprevisto, para o acaso e tal. É o meio-termo, o equilíbrio, como quiser.

A terceira via é simplesmente ir direto para a tela e pintar, escrevendo, preenchendo o espaço com o que surgir na hora, sem pensamentos, planos e estudos anteriores. Digamos que é um caminho mais “inconsciente, algo mais surrealista, por aí. Alguma estrada situada entre o estado de sono e de sonho e estar acordado. Tipo assim deixa a vida me levar. Tipo assim uma receita que dispensa receitas, regras, ingredientes e modo de fazer.

Cada um pode pegar, também, o que quiser do ano passado para preencher a tela do Ano-Novo. Bom, aí a tela não vai ser totalmente em branco. Sem problema. É meio difícil imaginar um novo ano totalmente novo, uma tela totalmente livre de coisas passadas, vá lá. Pois é, planos, acasos, lições decoradas, improvisos, e, ao final, quem sabe a gente não pinta a tela de 2014 com base em normas compostas por um  improviso decorado.

Bom, vamos pensando, depois das festas, do Carnaval e da Páscoa, a gente senta para conversar melhor e definir o que vai fazer com o Ano-Novo. Bom, quem sabe a gente pensa depois do primeiro feriadão depois da Páscoa, sem “stress. Feliz Ano-Novo! Do jeito que você quiser, planejar ou não.


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