sábado, 18 de janeiro de 2014


19 de janeiro de 2014 | N° 17678
PAULO SANT’ANA

Presidente motoqueiro

O presidente da França, François Hollande, está em sérios apuros.

Uma revista francesa, a Closer, expôs com fotografias as incursões do presidente à residência da atriz de cinema e TV Julie Gayet, com quem mantinha frequentes encontros amorosos, todos na residência da atriz, nas proximidades do Palácio do Eliseu, onde mora e despacha o presidente.

Interessante é que o presidente Hollande ia até a residência onde mantinha encontros amorosos com Julie de moto, certamente para disfarçar-se assim dos curiosos e jornalistas.

Mas uma revista flagrou as escapadas eróticas do presidente, que é casado com uma primeira-dama.

Julie está sendo chamada de segunda-dama.

O presidente Hollande declarou à imprensa que seu casamento está em séria crise.

Mas recusou-se, o presidente, a processar a revista que obteve as fotos e os filmes.

Enquanto se esperava uma atitude radical da esposa do presidente, ela apenas recolheu-se a uma clínica onde foi tratar de “choque psíquico”.

Temos, então, que o presidente e a primeira-dama se negam a embates traumáticos perante a opinião pública, mantendo seu status quo de marido e mulher.

E, surpreendentemente, quem saiu para o ataque foi a atriz Julie Gayet, amante do presidente.

Ela está processando a revista por invasão de privacidade, como que a dizer: “Que país é este em que uma mulher não pode se atirar à conquista amorosa e sexual de um presidente, sendo exposta essa sua façanha ao público numeroso de uma revista? Onde estão os direitos humanos? Qualquer mulher tem o direito de conquistar qualquer homem, seja ele um engraxate ou um presidente. Eu vou lutar pelos meus direitos. O presidente é meu e não abro mão dele”.

Julie Gayet está pedindo à Justiça uma indenização milionária por ter sido invadida a sua privacidade, o mesmo que alegou o presidente, sem contudo este ter processado a revista.

Tenho pena da primeira-dama. Ela foi envolvida no escândalo por chifres que ela não imaginava ter e pensa seriamente em continuar com o marido.

O problema é se, depois de todo esse rififi, Julie Gayet continuará sendo amante do presidente.

O impressionante é que as pesquisas dizem que o prestígio popular do presidente Hollande não foi arranhado nenhum centímetro depois do escândalo, o que quer dizer que a opinião pública declara que não tem nada a ver com o desempenho idílico ou sexual do presidente, quer apenas que ele prossiga governando com eficiência.

Se para governar possui eficiência o presidente, que julguem os franceses.


O que sei é que tem eficiência máxima em extraconjugalidade montado em uma moto sob disfarce nas ruas de Paris.

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