19 de janeiro de 2014 |
N° 17678
PAULO SANT’ANA
Presidente motoqueiro
O presidente da França, François
Hollande, está em sérios apuros.
Uma revista francesa, a Closer,
expôs com fotografias as incursões do presidente à residência da atriz de cinema
e TV Julie Gayet, com quem mantinha frequentes encontros amorosos, todos na
residência da atriz, nas proximidades do Palácio do Eliseu, onde mora e
despacha o presidente.
Interessante é que o presidente
Hollande ia até a residência onde mantinha encontros amorosos com Julie de
moto, certamente para disfarçar-se assim dos curiosos e jornalistas.
Mas uma revista flagrou as
escapadas eróticas do presidente, que é casado com uma primeira-dama.
Julie está sendo chamada de
segunda-dama.
O presidente Hollande declarou à
imprensa que seu casamento está em séria crise.
Mas recusou-se, o presidente, a
processar a revista que obteve as fotos e os filmes.
Enquanto se esperava uma atitude
radical da esposa do presidente, ela apenas recolheu-se a uma clínica onde foi
tratar de “choque psíquico”.
Temos, então, que o presidente e
a primeira-dama se negam a embates traumáticos perante a opinião pública,
mantendo seu status quo de marido e mulher.
E, surpreendentemente, quem saiu
para o ataque foi a atriz Julie Gayet, amante do presidente.
Ela está processando a revista
por invasão de privacidade, como que a dizer: “Que país é este em que uma
mulher não pode se atirar à conquista amorosa e sexual de um presidente, sendo
exposta essa sua façanha ao público numeroso de uma revista? Onde estão os
direitos humanos? Qualquer mulher tem o direito de conquistar qualquer homem,
seja ele um engraxate ou um presidente. Eu vou lutar pelos meus direitos. O
presidente é meu e não abro mão dele”.
Julie Gayet está pedindo à
Justiça uma indenização milionária por ter sido invadida a sua privacidade, o
mesmo que alegou o presidente, sem contudo este ter processado a revista.
Tenho pena da primeira-dama. Ela
foi envolvida no escândalo por chifres que ela não imaginava ter e pensa
seriamente em continuar com o marido.
O problema é se, depois de todo
esse rififi, Julie Gayet continuará sendo amante do presidente.
O impressionante é que as
pesquisas dizem que o prestígio popular do presidente Hollande não foi
arranhado nenhum centímetro depois do escândalo, o que quer dizer que a opinião
pública declara que não tem nada a ver com o desempenho idílico ou sexual do
presidente, quer apenas que ele prossiga governando com eficiência.
Se para governar possui
eficiência o presidente, que julguem os franceses.
O que sei é que tem eficiência
máxima em extraconjugalidade montado em uma moto sob disfarce nas ruas de
Paris.
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