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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
24 de outubro de 2011 | N° 16865
EDITORIAIS ZH
O desafio de viver em rede
Otema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), encerrado ontem, não poderia ser mais oportuno e mais adequado para a faixa etária da maioria dos candidatos: “Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado”.
Por coincidência, na mesma avaliação em que os estudantes tiveram que escrever sobre o uso adequado das redes sociais, mais de uma dezena de candidatos foi eliminada exatamente por acessar o Twitter via celular durante a prova, o que era terminantemente proibido.
Idealizado para aferir a qualidade do Ensino Médio no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que mobilizou milhões de estudantes em todas as unidades da federação, é hoje não apenas um instrumento de avaliação das escolas, como também um canal democrático de acesso às universidades públicas.
Entre as instituições de Ensino Superior, dezenas já utilizam seus resultados como complementação dos processos seletivos e algumas até substituem totalmente o vestibular pelo Enem, um atrativo a mais para os estudantes participarem do exame – com base na pontuação, os alunos também obtêm a qualificação para conseguir o diploma do Ensino Médio e podem se candidatar a bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni).
O Enem também passou pelas suas próprias provações recentemente, por conta de erros e vazamentos em provas que suscitaram desconfianças e críticas. Em 2009, chegou a haver o adiamento do concurso e, no ano passado, alunos tiveram de realizar o exame uma segunda vez em função de erros detectados.
Mas, para superar descrédito, o Ministério da Educação buscou mecanismos para aperfeiçoar o sistema de avaliação. As provas são elaboradas para oferecer uma referência para autoavaliação com vistas a auxiliar nas escolhas futuras dos cidadãos, com relação tanto à continuidade dos estudos quanto à sua inclusão no mundo do trabalho. Também por isso o tema da redação foi extremamente pertinente, como ficou comprovado no próprio exame, que acabou servido de teste para a cidadania.
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