sábado, 8 de outubro de 2011



08 de outubro de 2011 | N° 16850
PAULO SANT’ANA


Gengis Khan

Moisés, dos 10 Mandamentos, se encontrou com Jesus Cristo e foram disputar os dois um torneio de golfe, junto com um terceiro participante, um velhinho alquebrado com o peso dos seus anos.

Moisés foi o primeiro a tacar. Deu uma tacada tão potente, que a bola foi parar no meio do rio.

Moisés, então, como já fizera com o Mar Vermelho, abriu as águas e pegou a bola. Deu uma segunda tacada e a bola caiu no buraco do golfe.

Foi a vez de Jesus Cristo, que deu a tacada e a bola foi parar em cima de uma vitória-régia, no meio das águas.

Jesus saiu caminhando sobre as águas, como já fizera na Galileia, apanhou a bola e, numa segunda tacada, botou a bola dentro do buraco.

Então, para a decisão do torneio, aproximou-se o velhinho, já tão cansado de sua vasta idade, parecia que nem ia ter forças para tacar.

O velhinho deu a tacada, a bola foi parar na boca de um sapo, num charco existente no campo de golfe.

Uma cobra deu um salto e jogou-se sobre o sapo com veneno e tudo. A cobra enrodilhou-se na bola e jogou-a dentro do buraco, o velhinho acabou ganhando o torneio na primeira tacada.

Foi então que se viu Moisés comentando com Jesus Cristo: “Desisto, não dá mesmo para nós jogarmos golfe com teu pai”.

Quem me contou esta foi o Cyro Silveira Martins Filho, fã dos feitos históricos imemoriais.

O célebre guerreiro e estadista mongol Gengis Khan, conquistador da China e da Ásia, em uma batalha, viu-se surpreendido, como todos, por um trovão. No início do século 13, os asiáticos tinham pavor pânico de trovão. Quando surgiu no céu o trovão, os inimigos de Gengis Khan na batalha prostraram-se no chão e deixaram de combater. Gengis Khan massacrou-os, desconhecendo o trovão.

Quando perguntaram a ele como perdera o medo do trovão, respondeu: “Eu perdi o medo do trovão quando considerei que não tinha como me esconder dele quando surgisse”.

A frase é lapidar. Porque só se pode ter medo de uma coisa quando se consegue ou se tenta esconder-se dela.

O que Gengis Khan quis dizer é que, quando se tem um inimigo, qualquer adversidade, se não há maneira de esconder-se dele, deve-se desconhecê-lo e tocar a vida em frente.

Foi o que ele fez, quando surgiu e retiniu o trovão, ele continuou batalhando até vencer os seus inimigos na batalha.

Em outras palavras, só devemos paralisar diante de um inimigo, pode ser, por exemplo, uma doença, quando soubermos evitá-lo: se não temos meio de fugirmos dele, temos de continuar fazendo as outras coisas, caso contrário, já estaremos de pronto derrotados e estáticos perante a ameaça, o que nos impedirá de fazer todo o resto que a vida nos impõe.

Em suma, se a gente não pode se esconder de um inimigo, deve continuar fazendo todas as outras coisas, como se o desconhecesse.

E ele, inimigo, se existe mesmo, que continue a sua ação contra nós. Mas antes tratemos de nos desincumbir do trivial.

Foi o que Gengis Khan fez. Quando viu o trovão, foi tratar da guerra.

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