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quinta-feira, 13 de outubro de 2011
13 de outubro de 2011 | N° 16854
ARTIGOS - Christine Tessele Nodari*
A sibutramina e os congestionamentos
Perder peso! Essa é uma batalha que faz parte da vida de muitas pessoas. De modo geral, a receita para vencer essa batalha é simples: dieta moderada e exercícios físicos. Porém, ser simples não é o mesmo que ser fácil.
Não é fácil seguir uma dieta moderada e fazer exercícios, pois isso exige de nós uma mudança de hábitos. Hábitos muitas vezes gostosos, como comer ambrosia depois do almoço; e muitas vezes confortáveis, como se jogar no sofá após chegar do trabalho.
E o que isso tem a ver com o congestionamento? Parte da solução para congestionamento também passa pela mudança de hábitos das pessoas que circulam na cidade. Hábitos gostosos e confortáveis, como fazer deslocamentos em um modo de transporte “porta a porta” e a privacidade, entre outros confortos proporcionados pelo carro.
Assim como nos parece mais fácil perder peso tomando uma medicação ao invés de mudar hábitos de alimentação e manter atividade física, também é mais fácil pensar em solucionar os congestionamentos usando apenas obras de engenharia e gestão da capacidade viária. Porém, assim como a sibutramina, as obras de engenharia e a gestão da capacidade viária, sozinhas, não resolvem o problema dos congestionamentos.
É imprescindível que haja também a mudança de hábitos. Essa mudança de hábitos não significa, necessariamente, uma mudança total de estilo de vida. É possível adotar novas maneiras de transitar pela cidade em apenas alguns dias da semana ou em apenas alguns deslocamentos do nosso dia a dia.
Realmente, deixar de usar o carro pode ser algo inviável para muitos de nós. Porém, novos hábitos como: usar o transporte coletivo uma ou duas vezes por semana, levar o filho à escola a pé às quartas-feiras, ir de bicicleta para o trabalho toda segunda, ir ao mercado do bairro a pé, podem ser, não apenas viáveis, como hábitos muito bem-vindos a nossa rotina.
A ideia é questionar se precisamos mesmo usar o carro todos os dias e em todos os deslocamentos que realizamos. No início, essa mudança de hábito pode parecer difícil, mas não é tão complicada assim. Pensado bem, caminhar, pedalar, andar até a parada de ônibus e lotação podem ser uma boa atividade física, e, assim, dá até para comer uma ambrosia, desde que não seja todos os dias.
*Engenheira de Transportes, professora do Laboratório de Sistemas de Transportes da UFRGS
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