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domingo, 16 de outubro de 2011
GILBERTO DIMENSTEIN
Professor no paraíso
O salário inicial do docente é de R$ 80 mil por ano e vai aumentando de acordo com o desempenho do aluno
Uma das melhores escolas dos Estados Unidos descobriu um meio eficiente de estimular seus alunos: obrigá-los a ficar longe da escola -e por muito tempo. Durante 60 dias por ano, além das férias, eles não precisam pisar na sala de aula.
A escola de ensino médio Summit Preparatory High School está chamando a atenção de educadores de todo o mundo por dois motivos: brilha no ranking das melhores dos Estados Unidos e, pública, tem seus alunos escolhidos por sorteio, muitos deles vindos de famílias pobres.
Perguntei ao diretor da escola, Brian Johnson, se os pais não tinham estranhado a novidade. "No começo, um pouco, mas depois eles viram a melhora nas notas.
Quase todos os alunos entram na faculdade."
É como se, na prática, estivessem reciclando o significado (e, para muitos, o prazer) de "matar" aula. Hoje eles estão definindo uma nova geografia do aprender e repensando o professor, cujo dia foi comemorado neste fim de semana.
Localizada numa cidade chamada Redwood, perto de San Francisco, na Califórnia, a Summit é uma escola pública independente, gerida com total autonomia por uma instituição sem fins lucrativos.
Ela já nasceu com um objetivo: não apenas pôr todos os seus alunos nas faculdades mas também ajudá-los a ingressar no mercado de trabalho da região, hoje repleto de empresas ligadas à tecnologia da informação carentes de trabalhadores qualificados.
Daí a ideia de tirar os alunos da escola, reservando uma semana ao final de quatro meses.
A complexidade da experiência está na gestão de uma série de parcerias para assegurar aos alunos espaços fora da escola, formando uma comunidade de aprendizagem. São oferecidos, em companhias profissionais, cursos de dança, teatro, música e computação, bem como estágios em empresas ou em laboratórios de universidades.
"É incrível ver brilhar os olhos deles!", diz o engenheiro Paulo Blikstein, que recebe alguns desses alunos em seu laboratório em Stanford, nas proximidades da Summit.
Blikstein tem visto como as melhores escolas da região, especialmente as particulares, vêm mudando seu currículo, de modo a oferecer atividades extracurriculares com professores das universidades em áreas como nanotecnologia ou impressão digital.
É evidente que isso é apenas a cereja do bolo. Não apenas o ensino na Summit é de tempo integral como há um programa diário para recuperação de quem não aprende, abundam recursos tecnológicos, os pais são obrigados a participar da vida acadêmica dos filhos -e por aí vai.
O salário inicial do professor é de R$ 80 mil por ano e vai aumentando de acordo com o desempenho do aluno. Professores de ciências e matemática ganham mais.
Era necessário, porém, dar um choque de experimentação, colocando os alunos mais próximos de profissionais ou pesquisadores.
A solução foi sair da sala de aula e gerir essa comunidade de aprendizagem. "Vemos que os alunos aprendem tanto ou mais quando estão longe daqui. Quando voltam para a sala de aula, estão mais entusiasmados e percebem a aplicabilidade do que aprendem na escola", conta Brian.
PS- A Summit decidiu implementar um interessante sistema para ajudar os alunos que têm mais dificuldades, que, muitas vezes, pedem ajuda aos colegas para fazer as lições de casa ou tirar dúvidas.
A escola treina seus alunos para serem professores. Por essas e outras, empresários da região estão doando milhões para que se criem mais dez escolas públicas nos mesmos moldes.
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