Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Jaime Cimenti
As crônicas do concubino das palavras
O escritor e professor doutor em Letras pela USP Deonísio da Silva, nascido em 1948, atual professor-titular e pró-reitor de Cultura e Extensão da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, é autor de sete romances, diversas coletâneas de contos e ensaios, livros infantojuvenis e, no total, publicou 33 livros.
Deonísio já recebeu o Prêmio Internacional Casa de Las Américas pelo romance Avante, soldados: para trás, em 1992. Em 1976, Exposição de motivos, seu livro de estreia, recebeu prêmio do Ministério da Educação. Deonísio é um dos intelectuais mais importantes da atualidade e acaba de lançar a coletânea de crônicas A placenta e o caixão. Com leveza, erudição e humor, o autor trata de temas cotidianos, de política, de futebol, de cultura e justiça social, entre outros.
Deonísio gosta de dizer que é um jardineiro e botânico das palavras e um concubino das palavras. Explica que por elas vende sua alma todos os dias. Antonio Candido definiu a crônica como o gênero no qual encontramos "a grandeza do miúdo". Partindo de uma notícia, certa lembrança ou de um mero hífen, Deonísio escreve textos que, dentro da brevidade do gênero, abrem fendas na banalidade e ampliam os horizontes dos dias.
Falando de nossa democracia, Deonísio diz que a brasileira é uma "obra de Santa Engrácia", um trabalho interminável. Chama os burocratas de amanuenses de carreira e acha que nosso problema não são os 35 milhões de analfabetos espalhados pelo Brasil, mas, sim, os outros, em número menor, encarapitados em altos cargos, mandando e desmandando.
O autor critica o conformismo inoculado, como um vírus, nos intelectuais brasileiros. Na crônica A pátria é a nossa casa, o autor fala de Sete de Setembro e de nosso sentimento de patriotismo. Na crônica A estrela de Rubem Fonseca, Deonísio lança o grande escritor para inaugurar a lista de brasileiros que vão ganhar o Prêmio Nobel de Literatura.
A placenta e o caixão é o primeiro volume de crônicas publicado por Deonísio e isso somente aconteceu depois de criteriosa seleção dos textos que foram publicados antes nos jornais Zero Hora e Jornal do Brasil, nas revistas Época e Istoé, entre outros veículos. Os leitores têm um belo panorama de muito da vida brasileira dos últimos anos. Leya, 452 páginas, R$ 49,90, www.leya.com.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário