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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
30 de dezembro de 2010 | N° 16565
SOB NOVA DIREÇÃO
Gaúcho que atuava em SP chefiará a Polícia Federal
Superintendente em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra venceu disputa com outro nome gaúcho
O atual superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, será o diretor-geral da Polícia Federal. Natural de Porto Alegre, Daiello disputava a indicação para o cargo com Ildo Gasparetto, superintendente da PF no Rio Grande do Sul, e Roberto Troncon Filho, diretor de Combate ao Crime Organizado. A indicação foi anunciada pelo futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Pouco antes do anúncio oficial, às 13h30min de ontem, o telefone do Gasparetto tocou. Do outro lado da linha, Daiello, também delegado, também superintendente regional, também gaúcho e, como Gasparetto, também cotado para assumir o cargo máximo da instituição.
Amigos de longa data, Daiello e Gasparetto comemoram o fato de serem os principais nomes cogitados para o cargo, trocaram confidências e, após 15 minutos de conversa, firmaram um pacto.
– Acertamos de um ligar para o outro assim que houvesse uma definição – conta Gasparetto.
Coube a Daiello a ligação. Nome submetido por Cardozo à presidente eleita Dilma Rousseff, Daiello, 44 anos, começou sua vida profissional em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, onde chegou a chefiar a delegacia local. Transferido para Porto Alegre, assumiu, no início da década, a Delegacia Repressão a Entorpecentes (DRE). Por coincidência, a função era ocupada pelo delegado Luiz Fernando Corrêa que, no próximo dia 1º, deixa o cargo de diretor-geral da PF, em Brasília.
Na Capital, além da DRE, Daiello comandou a Delegacia Fazendária, antes de ser transferido para Brasília. No centro do poder, próximo a Corrêa, Daiello coordenou as delegacias fazendárias do país e ganhou prestígio.
E poder. Natural de Porto Alegre, ele sairia do Distrito Federal direto para a mais importante superintendência do Brasil: a direção da PF em São Paulo. Para Gasparetto, as experiências em Brasília e em outros dois Estados, sempre em posições de comando, permitindo uma visão mais ampla da corporação, podem ter sido decisivos para a escolha de Daiello.
– É possível que o ministro tenha levado em consideração na definição o fato de o Leandro (Daiello) ter trabalhado em São Paulo em Brasília. Toda a minha experiência profissional foi no Rio Grande do Sul – diz Gasparetto.
E complementa:
– O Leandro é um delegado linha de frente, que fez um trabalho muito forte de renovação, de combate ao crime organizado e de corregedoria. É um excelente profissional.
Também foi anunciado ontem que o atual diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Hélio Cardoso Derenne, permanecerá no cargo.
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