Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
XICO SÁ
Homem que é homem
Homem que é homem desfila de baby-doll na Ipiranga com a São João e se garante
AMIGO TORCEDOR, amigo secador, da costela do David Beckham Deus fez o metrossexual, como estamos cansados de saber. Mas, no país deste símbolo maior do homem repaginado, há um bravo senhor que resiste, como um Clint Eastwood do futebol, a toda e qualquer modinha.
Sir Alex Ferguson é o nome do figura. Autêntico macho-jurubeba, o contraponto extremado ao metrossexualismo, o técnico do Manchester United implica com o uso de cachecol, o tal do "snood", por parte dos boleiros.
No seu time ninguém enrola nada no pescoço. A lei é deixar explícito o pomo de Adão. "Homens não usam "snood'", esbravejou o mestre, segundo o relato do colega Rodrigo Bueno nesta Folha.
E ai de quem desobedecer. Ferguson tripudia dos adversários adeptos da bossa. Aliás, justiça seja feita, não é apenas uma questão de frescura ou estilo. Já enfrentou, meu camarada, um inverno inglês? O cachecol é também proteção contra o frio.
Os resmungos do professor do Manchester só realçam a obviedade de como o machismo no futebol consegue ser maior do que nos outros meios.
E você, amigo sensível, o que acha desses usos e costumes de jogadores como o Tevez, do Manchester City? Na estica do cachecol, o mal-diagramado ex--corintiano até consegue ficar mais bonitinho. Opa, digo, menos feioso, é bom esclarecer.
O engraçado é que a implicância do velho e bom Ferguson tem um fundo histórico no folclore dos machões europeus. Quando o primeiro homem, em remota era, enrolou pela primeira vez um pano no pescoço, teria começado a derrocada do macho. A ideia, reza a lenda, teria sido de uma esposa cuidadosa com a possibilidade de que o seu bondoso marido pegasse um resfriado.
Quem tiver mais curiosidade sobre o tema é só ler o livro "O Homem Explicado às Mulheres", dos franceses -muito fãs do cachecol- Pierre Antologus e Jean-Louis Festjens.
Sir Ferguson, portanto, repercute a fala popular da história. Embora curta a peleja do macho-jurubeba X o metrossexualismo de caras como o Beckham -confesso usuário das calcinhas da mulher Vitória-, não vejo problema algum na adesão ao cachecol, seja o circular usado pelos boleiros ou aquele que teima em cair sempre no vaso sanitário dos mais sujos saloons da cidade.
Homem que é homem, se tiver lastro e biografia, desfila de baby-doll de nylon na Ipiranga com a São João e se garante. Pra cima deles, Mazembe!
xico.folha@uol.com.br
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