Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 4 de dezembro de 2010
04 de dezembro de 2010 | N° 16539AlertaVoltar para a edição de hoje
PAULO SANT’ANA
Os hospitais
Deve ser pelas minhas reservas humanistas que tenho particular afeição sobre o tema hospitalar.
Há duas questões que me interessam vivamente, como devem notar meus leitores e leitoras: a hospitalar e a prisional.
Foi por isso que vibrei intensamente ontem com a notícia de que foi escolhido pelo prefeito Jairo Jorge de Canoas o Hospital Mãe de Deus como o novo administrador do complexo hospitalar da Ulbra, que como se sabe tinha ido para o espaço por conta de dívidas milionárias.
Eu conheço a capacidade do Mãe de Deus para gerir hospitais. Não é, doutor Alberto Kaemmerer?
Mas, quando escrevi sobre a oferta radiofônica da Santa Casa de Rio Grande para operar a quem bem quiser pelo SUS, gratuitamente, acrescentando que a Santa Casa de Rio Grande está adquirindo equipamentos importados no valor de R$ 20 milhões, com a finalidade de ainda melhor atender os pacientes do SUS, eu adivinhara que viriam de Rio Grande críticas ao hospital.
E vieram: tenho em minhas mãos uns seis e-mails de rio-grandinos queixando-se de mau atendimento ou recusa de pacientes pela Santa Casa de Rio Grande. Há também reclamações sobre a higiene do hospital, mormente nos banheiros.
Registro essas esparsas queixas por dever profissional.
Eu sou cobra criada em matéria hospitalar. Sei, por exemplo, que por mais modelar que seja um hospital, sempre haverá queixas de pacientes contra ele.
É que a expectativa de quem está desesperado, recolhido a um hospital, é de que seu atendimento seja o ideal. E muitas vezes pode não ser ideal.
E dói muito mais a um paciente, em face disso, qualquer mau atendimento que se dê num hospital do que dói a um cliente um mau atendimento em um restaurante.
O hospital é sempre um bazar de porcelanas e cristais. Quem entra nele sempre carrega consigo o potencial de um elefante demolidor.
Mas Zero Hora, impressionada com os anúncios da Santa Casa na Rádio Gaúcha, oferecendo-se para cirurgias em massa pelo SUS, já está providenciando uma reportagem sobre esse fato.
E essa reportagem vai se fixar não só, tenho certeza, na disponibilidade milagrosa de atendimento pelo SUS, como também no tratamento que recebem os rio-grandinos e outros pacientes em sua Santa Casa.
Esse fato tem de ser esclarecido. Por enquanto, vale o milagre de um SUS que dá lucro, o SUS da Santa Casa de Rio Grande.
Eu imagino, por exemplo, que em Rio Grande não tenha filas para consultas e cirurgias pelo SUS. Será assim? Deus queira que seja.
Imagino além: que para Rio Grande corram os que estão na fila de cirurgias e consultas de outros municípios, em busca do Eldorado de saúde que existe lá.
E deixa eu ficar sonhando, e deixa a Santa Casa de Rio Grande ir em frente no seu trabalho de atendimento à saúde das multidões.
Eu só queria um lugarzinho para eu me orgulhar de esta coluna ser indômita no tratamento da questão da saúde entre os gaúchos.
Como é gratificante lidar com o bem social!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário