segunda-feira, 2 de novembro de 2009



02 de novembro de 2009
N° 16143 - PAULO SANT’ANA


Bem-vindo à Sul-Americana!

Excelente reportagem recém ontem iniciada, terminada hoje e amanhã, sobre o caos da segurança pública no México, de autoria do repórter Humberto Trezzi em ZH.

Li as quatro páginas, inteirinhas no domingo. Inteirinhas. E não sou dado a ler extensas reportagens.

Deu-me um frio na espinha perceber que o Brasil não está longe do caos mexicano em segurança pública.

Deus nos salve!

Estamos assistindo a um campeonato nacional emocionante e excepcional.

Excepcional porque esta fórmula de pontos corridos é antiemoção, dispara um líder e o campeonato acaba em meio, esvaziando os estádios.

Mas extraordinariamente este campeonato nacional está colocando a plateia brasileira em tensão e nervosismo, tais são os revezamentos havidos na ponta de cima, onde vários clubes travam a luta pelo título e o grande consolo do G4.

É definitivo que o campeonato mata-mata é sempre emocionante e o de pontos corridos pode, quem sabe, vir a ser emocionante, caso do atual campeonato.

Vejam o caso do Internacional. Pintou como candidato ao título, parecia que era certo que ia disputar o G-4 e, ontem, para surpresa de todos, despencou para a quinta posição, perdendo para um Botafogo que jogou com 10 homens o segundo tempo.

Este resultado de ontem no Beira-Rio foi água fria na fervura de um Internacional que foi elogiado por todos como tendo tido a sua melhor atuação no campeonato, apesar da derrota para o São Paulo, naquele penúltimo jogo do Morumbi.

Mário Sérgio estava virando Deus para a imprensa, as páginas se enchiam de fotos do novo treinador colorado – e não é que o homem perde para o Botafogo em pleno Beira-Rio!

Eu acho que o Inter vai virar tudo e no mínimo ainda entra no G-4. Mas, na hipótese do Internacional não vir a disputar a Libertadores do ano que vem, o Beira-Rio vai arder em chamas.

Gastar a fortuna que o Internacional gasta, perder as oportunidades que o Internacional perdeu de chegar ao título este ano, isto será motivo para um libelo tonitroante contra os dirigentes do clube, Píffero e Fernando Carvalho estarão em apuros para explicar à torcida e ao Conselho Deliberativo a infelicidade desta gestão.

Vai arder em chamas o Beira-Rio se o Inter não disputar a Libertadores.

Píffero e Carvalho passarão por maus lençóis.

Se quiserem saber a extensão do desastre no caso do Inter não terminar o campeonato no G-4, basta que se calcule o seguinte: se derem as camisetas do Grêmio para este elenco do Internacional, ele seria campeão fácil do Brasileirão.

Se com este time cheio de feridas do Grêmio, ele quase belisca o G-4, se tivesse os jogadores do Inter seria campeão.

Provo isso que estou dizendo: deem as vitórias que o Inter teve fora de casa para o Grêmio e só com elas, cinco triunfos, 15 pontos, o Grêmio seria campeão deste Brasileirão. Campeão fácil!!!

Viram? Eu sou terrível, eu mato a cobra e mostro o pau.

Outra atração deste Brasileirão: pode dar Gre-Nal na Sul-Americana no ano que vem. Credo!

Sugiro, falando sério, que o Grêmio mantenha para o ano que vem o treinador Paulo Autuori, mas só para os jogos do Olímpico. Para os jogos de fora, tem de contratar outro treinador. Seriam dois treinadores, não é uma excelente ideia?

Autuori já se revelou péssimo estratego para jogar fora do Olímpico.

Não repitam o erro!

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