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sexta-feira, 10 de abril de 2009
10 de abril de 2009
N° 15934 - PAULO SANT’ANA
As filas da morte
Sobre as filas mortais nas consultas e cirurgias pelo SUS, que levam as pessoas a esperar anos para uma consulta e outros anos por uma cirurgia, ocorre-me que possam inúmeros pacientes incorrer nas duas filas: basta que, após a consulta e os exames, eles tenham prescrita a cirurgia para seus casos.
Então esperam anos numa fila para consulta e logo a seguir se inscrevem para as cirurgias, levando outros anos para serem atendidos.
Fica evidente o estratagema das autoridades: convivem e avalizam essas filas sinistras na esperança de que os pacientes consigam recursos para serem atendidos por seus próprios meios, isto é, pela forma de atendimento particular, o que deve acontecer com muitos deles.
No entanto, a grande maioria do povo pobre que se inscreve nas filas de consultas e cirurgias não consegue recursos para pagar por seu atendimento, o que redunda muitas vezes na morte, outras vezes na mutilação e invalidez desses pacientes para continuarem vivendo.
Esta chaga da nossa pretensa civilização necessita ser extinta. Eu duvido que o presidente Lula ou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, se tiverem conhecimento dessas duas inaceitáveis filas de consultas e cirurgias no Rio Grande do Sul, deixem de tomar providências sobre este quadro terrível.
Escreve-me a respeito um leitor: “Prezado senhor Paulo Sant’Ana. Ontem, eu assistia a um jornal televisivo de uma emissora de Portugal e nele foi noticiado que os médicos daquele país farão horas extras para que nenhuma pessoa fique sem atendimento de saúde, o que demonstra uma vertiginosa diferença em relação ao que ocorre no Brasil.
É de se perguntar onde estão os órgãos de defesa dos direitos humanos que não procedem, neste caso, com a mesma diligência com que atuam em outros setores. Ou será que o maltratado brasileiro que vive(?) do SUS não merece a atenção desses órgãos? Mais uma vez, cumprimentos pelo seu incansável trabalho em defesa da pessoa. (ass.) Alberto Afonso Landa Camargo (beto.lc@terra.com.br)”.
Saiba o leitor que me escreveu acima que há poucos anos foi tentado entre os órgãos de saúde gaúchos um mutirão médico para o atendimento das cirurgias constantes da deplorável fila que leva anos para ser atendida.
Foram dados passos iniciais para o mutirão, mas logo em seguida a fila foi abandonada à própria sorte.
Alguém vai ter de dar explicações sobre essas filas desumanas. Será que o secretário da Saúde estadual, Dr. Osmar Terra, incansável batalhador pela saúde em nossa terra, não tem algumas palavras a nos dizer ou, quem sabe, a proposta de uma solução?
Um outro leitor manda um interessante ângulo sobre a problemática da saúde em nossa terra: “Prezado Sant’Ana. Sou servidor da Universidade Federal de Santa Maria e há vários anos escuto comentários de alguns formandos em Medicina de que seus colegas, após se formarem, pretendem tentar algum tipo de especialização em Porto Alegre, caso não consigam em São Paulo.
Devido à grande maioria ter sua condição financeira relativamente bem resolvida, não lhes causa o menor interesse trabalhar em cidades do Interior com salários na faixa de R$ 6 mil a R$ 10 mil mensais.
Somente a UFSM forma cem médicos todos os anos, de muito boa qualidade, diga-se de passagem. No entanto, cidades nos arredores de Santa Maria têm dificuldades em encontrar médicos, e os que se arriscam são novatos e ficam por um curto período.
Quero acreditar que, com as cotas para pessoas de escolas públicas e de baixa renda, a tendência seja de melhora, pois teremos mais médicos de origem humilde, que teoricamente são mais sintonizados com os problemas das camadas pobres da sociedade, talvez amenizando os problemas que as prefeituras de cidades pequenas têm em prestar uma melhor assistência médica. (ass.) Adriano Longo (schimiar@hotmail.com)”.
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