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terça-feira, 7 de abril de 2009
07 de abril de 2009
N° 15931 - PAULO SANT’ANA
Saidinha de banco
Um senhor me telefona e conta que foi assaltado após sair da agência de um banco.
“Como os ladrões sabiam que eu havia retirado R$ 3,5 mil e seria alvo ideal para eles?”, pergunta-me o aflito cidadão.
Eu respondo que este expediente é antigo, muito usado em São Paulo, por vezes acontece também por aqui.
Um ou dois homens estão dentro da agência e cuidam das pessoas que fazem saques mais altos. Pelo telefone celular, acionam os asseclas que estão na rua e indicam os clientes que saem com somas mais altas em dinheiro.
Em seguida se procede ao assalto na rua.
O cidadão me pergunta se o banco tem responsabilidade civil na indenização do cliente.
Os bancos alegam que não têm responsabilidade pelos assaltos que ocorrem na rua, fora dos recintos de suas agências.
Não é bem assim. Há registros de bancos que foram obrigados a ressarcir os seus clientes assaltados na rua, após a retirada de dinheiro, em face de que a informação partiu de dentro da agência.
Ou seja, o banco tem a obrigação de vigiar o interior de sua agência, de não permitir que alguém esteja lá só para informar comparsas de que determinados clientes fizeram retirada grande e devem ser assaltados.
O expediente é muito usado. É até denominado, no centro do país, de “saidinha de banco”. Tanto que se cogita de proibir o celular dentro das agências de bancos, o que no meu entender não resolveria a situação.
Ocorre que o celular pode muito bem ser dispensado pelos assaltantes. Se eles se postarem dentro do banco para buscar e indicar vítimas, quando elas saírem da agência serão seguidas por um dos assaltantes, que assim indicará com sua presença contígua à vítima que ela deverá ser assaltada.
O melhor é o óbvio: não retirar grande quantia de banco, transferir o dinheiro para sua conta em outro banco, sem tocar nele.
Mesmo assim, há vários motivos para pessoas retirarem dinheiro grande de banco. Uma hora, a pessoa necessita do numerário por lhe exigirem pagamento em dinheiro vivo. Por vezes, até há gente que não possui conta bancária e assim se vê obrigada a fazer saques.
O golpe é muito aplicado em São Paulo. Aqui talvez com menor assiduidade. Mas nunca é demais que as pessoas fiquem avisadas.
Sem que isso signifique qualquer crítica contundente, é estranhável, no entanto, que o Grêmio tenha demitido Celso Roth sem ter um substituto para ele, só indo fazer contato com Renato Portaluppi bem mais tarde.
Foi tão grande a agonia do ex-treinador, que o previsível é que o Grêmio tivesse à mão um substituto para ele.
Além disso, a demissão veio exatamente em cima de uma ótima atuação do time no Gre-Nal. Perdeu, mas amordaçou o ataque do Inter e só não ganhou por falta de sorte. Pune-se um treinador com a demissão quando ele erra. Não foi o caso deste último Gre-Nal.
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