terça-feira, 17 de junho de 2008



17 de junho de 2008
N° 15635 - Paulo Sant'ana


A voz das ruas

"SantAna. Venho humildemente pedir sua ajuda para que os moradores do centro desta pacata cidade de Canela voltem a ter um pouco de sossego em suas vidas.

Abriram vários estabelecimentos no centro desta cidade, como bares e restaurantes, mas os mesmos só possuem alvarás para trabalhar em tal atividade, mas não é o que efetivamente ocorre, esses estabelecimentos se utilizam de bandas e música ao vivo todas as noites da semana, de segunda a segunda, sem nenhuma proteção acústica e sem nenhum respeito pelos moradores vizinhos, que perdem o direito ao descanso noturno, em razão do alto volume emitido pelas caixas de som de alta potência.

Nossos filhos não conseguem dormir, pessoas de idade avançada estão a cada dia mais doentes, porque não conseguem dormir à noite, e nós, trabalhadores, pagadores de impostos, não temos direito, que por sinal está assegurado em lei, de não sermos molestados com barulhos ensurdecedores.

Já cansei de pedir ajuda à prefeitura (para que fiscalize, o que se nega a fazer, já que há interesses políticos envolvidos), já pedi ajuda à Câmara de Vereadores, mas os mesmos se negam a se manifestar, pois também possuem interesses políticos, já recorri aos jornais da cidade, mas os mesmos nem respondem aos e-mails a eles enviados, definitivamente ignoram a agonia que os moradores estão passando.

A polícia nada pode fazer, pelo menos é isso o que ela diz.

Não me resta outra alternativa a não ser recorrer a ti, caro colunista, pois sei que o senhor é sensível à dor alheia, e sei que, se não posso contar com o apoio de nenhum órgão de minha cidade, então recorro, pois é meu último recurso de ser ouvida, de ter esta falta de responsabilidade e de respeito por parte dos administradores desta cidade. Nada me resta, estamos desesperados.

O senhor pode imaginar o que é ficar sem dormir todas as noites até as 4h da manhã e ter que levantar cedo para trabalhar, cuidar dos filhos... e não ter a quem pedir ajuda? Nesta cidade tudo anda ligado à política, e ninguém faz nada. Aqui, quem manda é o dinheiro e o poder político, mais nada.

Peço, suplico, que o senhor leia meu e-mail e que possa escrever sobre ele em sua coluna.

E desde já fico imensamente agradecida, pois o senhor é visto por nós como aquele que pode nos salvar do martírio que vivemos.

O senhor não vai virar as costas para nós, seus admiradores, por quem temos o mais profundo respeito.

Que Deus lhe abençoe e que lhe dê em dobro o que o senhor faz por nosso povo, tão desprovido de ajuda.

Obrigado de todo coração. (ass.) Cristina Cavalli (cavalliadv@hotmail.com)".

"Hoje foi dia de passe livre. Pasmem, lá pelas 8h30min peguei um ônibus e ele estava sem campainha para sinalizar quem iria descer. Pensei comigo: deve ter estragado durante esta viagem ao Centro...

Ao retornar para casa, por volta das 17h30min (de hoje) pasmem mais ainda, o mesmo ônibus lá estava (carro 0191), ainda sem a campainha e o cobrador (figura apenas simbólica para um dia de passe livre), gritava a cada momento: Desce alguém aqui?. Note bem, eu disse gritava.

Mas pasmem dobrado: ao chegar na minha parada, o ônibus não parou e, ao ser dito que queríamos descer (eu e mais alguns passageiros), o cobrador retrucou tirando o fone do ouvido: Ué, eu perguntei (leia-se gritei) e ninguém avisou que queria descer nesta parada!. Pergunta-se: como alguém vai ouvir alguma coisa de algum passageiro com fone no ouvido?

Faço este relato apenas para fazer parte das histórias cômicas (e trágicas sobre a Carris), uma vez que reclamar da qualidade dos ônibus, da sujeira, da falta de manutenção, da superlotação, da falta de horário, isto já cansei de fazer e ninguém toma nenhuma providência.

A propósito, se as alegações da Carris são de falta de ônibus, que precisa renovar a frota etc. etc., como foi possível renovar todas as três linhas C que circulam pelos bairros centrais (acho que C1, C2 e C3)? Ônibus novos, com TV e outras coisas mais... Já sei, é que essas linhas têm grande visibilidade e a linha 473 serve apenas a bairros sem expressão.

Registre-se que nós, usuários da linha 473, pagamos os mesmos R$ 2,10 para utilizar um serviço precário. Será que será necessário acionar o MP para exigir um transporte digno, que não é favor nenhum, pagamos por isso? Atenciosamente, Irene Ermacovitch (iermacovitch@terra.com.br)".

"Caro SantAna. Tenho um pitbull de dois anos e, acompanhando tudo que tem acontecido nos últimos tempos, resolvi me desfazer do cachorro, mas não sei como fazer, a quem recorrer, sabe se existe algum lugar que receba esses animais? Aguardo. Abraço. (ass.) Gildo Simon, fone 9606-0102".

"SantAna. A Escola Miguel Lampert está sem professor de física desde o início do ano, no Ensino Médio. E só enrolam, dizendo que vai vir professor, mas nunca vem.

Situação do ensino realmente está um horror. Beijos. (ass.) Nathalia Stédile (nathiparceria@hotmail.com)".

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